Lula/ Alckmin podem vencer no primeiro turno
A campanha de Lula/ Alckmin continua a todo vapor. Agora, cada vez mais, a diferença com Bolsonaro se afirma e aumenta.
Sob o patrocínio do governo Biden, agora até os setores mais golpistas “lularam”, inclusive a Rede Globo e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Mas entenda-se bem: a vitória de Lula em 2022 é bastante diferente do que foi a vitória de Lula em 2002, embora haja comuns denominadores.
Em 2002, Lula recebeu o bastão do governo FHC que se encontrava com a língua de fora por conta do descontentamento social provocado pela brutalidade dos ataques. Tanto foi assim que as cúpulas do Psdb e do PT viajaram aos Estados Unidos para pedir a benção ao genocida George Bush Jr. sobre o então futuro governo Lula.
Em 2022, Lula/ Alckmin estão recebendo o bastão diretamente do imperialismo norte-americano para que mantenha uma certa estabilidade da situação cada vez mais desastrosa em que o Brasil se encontra devido ao entreguismo mórbido aplicado nos últimos anos.
O governo Bolsonaro foi a continuidade do lavajatismo.
Lula/ Alckmin têm como papel estabilizar a entrega do Brasil e evitar revoltas sociais, valendo-se da figura de Lula, mas mantendo como está.
Lula fará o papel de “rainha da Inglaterra”. Alckmin reforça que o entreguismo continuará, apesar de mais moderado e que nada do que foi feito será mudado; nada muito diferente do que os próprios governos do PT fizeram com as “privatizações” realizadas por FHC.
Além disso, o bolsonarismo e a direita tradicional continuarão forte nos estados, no Congresso e nos municípios. Isso sem mencionar as instituições não eleitas do regime, como os tribunais supremos, as advocacias e as procuradorias gerais.
O circo eleitoral avança a todo vapor rumo a um fortíssimo golpe contra os trabalhadores e o povo brasileiro. Por esse motivo, o voto em outubro deve ser anulado.
Ao mesmo tempo, os revolucionários e lutadores sociais devem participar ativamente na campanha eleitoral porque é nessa época que as massas estão mais propensas a discutir as questões políticas. Mas isso não significa que devemos propagandear qualquer ilusão sobre as eleições, ainda mais quando se tratam de um jogo de cartas marcadas, e sim, ao contrário, alertar sobre a gravidade das ameaças colocadas.