Os principais institutos de pesquisas falharam mais uma vez de maneira gritante.
O Datafolha e o Ibope davam a vitória a Lula/ Alckmin por uma diferença de 10% a 12% dos votos válidos. O IPEC trabalhou com 48% a 31%, mantendo a margem de 2% de erro.
A diferença para Bolsonaro caiu para aproximadamente 4%, o que coloca em xeque a vitória folgada de Lula/ Alckmin que nestas eleições são os candidatos do governo Biden, da Rede Globo e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Para debater o problema temos as questões que poderíamos denominar “técnicas” e as questões políticas.
A abstenção foi enorme, pouco maior que em 2018. O Datafolha a tinha estimado em 3% e acabou ultrapassando os 21%.
O “detonante” da vitória do Bolsonarismo em 2018, teriam sido as fakenews que mudou todo o espectro político em quatro dias, de maneira não somente surpreendente, mas também muito suspeita.
Nas eleições de 2022, o grande vilão dos erros dos principais institutos de pesquisas seria a abstenção.
Na realidade, o abstencionismo não foi tão diferente do que vinha acontecendo nas eleições passadas; apenas foi um pouco maior. E refletiu exatamente a tendência.
O abstencionismo no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018:
A campanha da imprensa burguesa tem trabalhado no sentido de achar justificativas para nos convencer de as pesquisas que foram corretas. Que a abstenção e a migração dos votos do Ciro para Bolsonaro, na última hora, explicariam os erros, que conveniamos foram obscenos.
As pesquisas eleitorais são um dos principais mecanismos para impor o controle do processo eleitoral desde o início.
O Instituto Datafolha, por exemplo, estimou o abstencionismo em 3%, um “pequeno” erro de 700%!!
Se considerarmos os votos do abstencionismo na contagem do primeiro turno, os votos no Lula/ Alckmin foram 36% do total e em Bolsonaro 32,6%, o que arrebenta com os institutos de pesquisas, que são controlados pela grande imprensa e os grandes grupos de poder no geral.
Esse é o verdadeiro problema que a imprensa burguesa tenta ocultar com a suposta migração de votos para o bolsonarismo, usando os mesmos mecanismos demagógicos que usou em 2018.
Parte 2: Fakenews ou abstencionismo?
Parte 3: Lula Vencerá?
2 comentarios en «Por que as pesquisas falharam novamente nas eleições 2022?»