Muito papo, pouca coisa: O último debate eleitoral

Muito papo, pouca coisa: O último debate eleitoral

Nem uma única palavra sobre as privatizações, sobre a dívida pública, sobre a crise mundial, sobre a inflação, sobre a saúde e a educação de qualidade. E assim podemos ir somando. Quem é o verdadeiro inimigo do Brasil?

O último debate eleitoral entre Lula e Jair Bolsonaro validou a vitória de Lula, em completa sintonia com a Rede Globo, as classes dominantes e o imperialismo norte-americano.

Abertamente, Lula disse que ele é considerado um estadista pelos Estados Unidos e a Europa. O que é totalmente certo.

Lula é o candidato oficial do governo Biden, elogiado até pelo chefe da CIA, o Sr. Burns.

Lula é o seguidor da política de Davos, controlada pelos super ricos, e do Grupo de Puebla, controlado pelo Partido Democrata norte-americano.

As denúncias de Bolsonaro sobre a fraude eleitoral encabeçada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) têm como objetivo fortalecer a operação em pinça aplicada pelas classes dominantes. Ninguém pode questionar a “lisura” das eleições no Brasil; quem o faz seria bolsonarista.

E ninguém pode ousar questionar as urnas eletrônicas não auditáveis. O Brasil é o único país no mundo onde o eleitor não recebe um recibo físico, em papel, que possibilite a recontagem de votos.

Lula manteve como um dos principais instrumentos contra Bolsonaro a confiança no STF (Supremo Tribunal Eleitoral) e o TSE, enquanto Bolsonaro os ataca. A continuação da operação em pinça e a submissão total ao que há de mais reacionário no estado tupiniquim brasileiro.

É a farsa do circo eleitoral sobre a pseudo “democracia” contra o fascismo.

Mas quem é o verdadeiro inimigo do Brasil? Não seria aqueles que estão dispostos a entregar até a última gota de nosso sangue aos abutres capitalistas em troca de algumas migalhinhas para eles subirem na vida?

Na mesma linha, Lula acusou Bolsonaro de não seguir as imposições da OMS (Organização Mundial da Saúde). Mais operações em pinça, mais submissão total ao imperialismo norte-americano. Quem ousar questionar a ditadura dos grandes laboratórios seria bolsonarista. Isso apesar de que na prática o governo Bolsonaro comprou enormes quantidades de “vacinas” da Pfizer.

Da defesa da soberania do Brasil não sobrou nem fumaça.

Bolsonaro destacou a situação da economia brasileira em meio da maior crise capitalista mundial de todos os tempos. Lula se limitou a defender o emprego formal.

Nem uma palavra sobre a conta da relativa atualização atual que obviamente lhe será repassada ao povo brasileiro em breve.

Nem uma palavra sobre a ultra corrupta e nunca auditada dívida pública, que consome aproximadamente a metade do Orçamento Público Federal.

Nem uma única palavra sobre as privatizações (que deviam ser chamadas doações) das empresas públicas brasileiras.

Nem uma única palavra sobre a destruição da saúde e educação públicas.

Nem uma única palavra sobre a destruição do meio ambiente em benefício da soja transgênica, da cana de açúcar turbinada com rios de venenos e do gado. Tudo direcionado a altos lucros dos grandes capitalistas nos mercados ultra especulativos, hipotecando o futuro das próximas gerações.

Tanto Bolsonaro como Lula foram submissos totalmente às imposições do capital imperialista e comprometidos com a destruição do que restou da soberania nacional.

No último bloco, a confiança de Lula na vitória e a fala de Bolsonaro sobre o “golpe das urnas” acabou por fechar o show do circo eleitoral, onde os palhaços somos nós.

Devemos nos preparar para a brutalidade dos ataques que virão em breve. Para o estouro de grandes mobilizações de massas. Para o aumento da repressão. Para a necessidade de organizar a luta das massas. Para a necessidade da construção da vanguarda revolucionária a partir da luta dos trabalhadores e das massas. 

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