Voto nulo no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil
As organizações que abaixo assinamos este documento apoiamos o voto nulo no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, que acontecerão no dia 30 de outubro de 2022.
Há muitos motivos para defendermos essa posição política. Destacamos os 10 que consideramos como sendo os mais importantes.
1. Estas eleições estão sendo controladas muito firmemente, como um verdadeiro circo eleitoral, pelo imperialismo norte-americano que precisa controlar o seu quintal traseiro para escalar a política de guerra como a principal “saída” para a sua maior crise de todos os tempos. Há em curso uma verdadeira “operação em pinças”, onde todo o espectro oficial é controlado por ele.
2. A mesma política foi aplicada no Chile, com a eleição do governo de Gabriel Boric, que tem continuado a mesma política do direitista Sebastián Piñera. O mesmo acontece na Colômbia com a eleição de Gustavo Petro, onde as medidas são bastante mais “radicais” que no Chile, mas tudo o que é essencial do mais reacionário estado narco-paramilitar na América Latina está mantido intacto, nem sequer é questionado.
3. A candidatura Lula como oposição a Jair Bolsonaro e ao bolsonarismo parece uma piada, uma afronta contra os trabalhadores e o povo brasileiro. O vice do Lula, Geraldo Alckmin, é um direitista que arrasou o Estado de São Paulo durante quatro governos. Os aliados da “frente ampla” contra Bolsonaro são, na prática, tão reacionários e anti-povo quanto o foi o governo Bolsonaro. Estão ali gente como FHC (o presidente que aplicou a cartilha “neoliberal” durante dos governos), Persio Arida (o pai do “Plano Real”) e até vários supostos “ex bolsonaristas”.
4. Nestas eleições, quem havia realizado uma campanha terrorista contra o suposto “maior corrupto de todos os tempos”, Lula, o está apoiando abertamente: Rede Globo, toda a grande imprensa e as grandes organizações empresariais como a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
5. Não há nada parecido com propostas políticas e nem falar de um programa político para tirar o Brasil da crise. Há a figura do Lula, que é muito popular principalmente no Nordeste, e muito menos nas regiões do sul do Brasil, para dar a cara num meio onde quem controla tudo é a direita e, principalmente, a extrema direita.
6. Não há absolutamente nenhuma mobilização popular para defender o Brasil, inclusive porque foi durante os governos do PT quando os sindicatos e as principais organizações sociais foram cooptadas e corrompidas com recursos públicos. Muito pelo contrário, há a submissão total ao imperialismo norte-americano. As mobilizações são meramente eleitorais para defender o voto em Lula/ Alckmin, contra Bolsonaro, e no melhor dos casos, há a promessa de aplicar algum programa social. Considerando que o imperialismo precisa dos recursos para evitar a sua bancarrota, os programas sociais obviamente estarão muito distantes do que foram na década de 2000.
7. O Abstencionismo, junto com os votos nulos e brancos, tem crescido muito desde 1989 e representa uma tendência de repúdio ao conjunto do regime político. Foram mais de 40 milhões de votos, mais de 1,5 milhão acima de 2014. Se consideramos esses votos, Lula recebeu no primeiro turno pouco mais de 36% dos votos totais e Bolsonaro pouco mais de 32%.
8. O Bolsonarismo representa a versão tupiniquim do Trumpismo no Brasil, uma espécie de proto-fascismo de massas que foi colocado nas ruas pelos mesmíssimos golpistas que hoje apoiam Lula/ Alckmin para controlar as grandes manifestações de massas de junho de 2013 e que foi consolidado nas eleições de 2018, que representaram a maior fraude eleitoral em 100 anos no Brasil. No primeiro turno destas eleições, o Bolsonarismo foi o grande vencedor. Já obteve a maior bancada no Senado e a maioria junto com outros setores da extrema direita; a maior bancada na Câmara dos Deputados; dois dos três principais governos da Federação e deve também ganhar o estado mais importante, São Paulo, derrotando Fernando Haddad do PT (Partido dos Trabalhadores) de Lula.
9. Os responsáveis por tamanha derrota que já aconteceu é justamente a política do PT de contenção do movimento de massas, de destruição das suas organizações, de não organizar absolutamente nenhuma luta real nas ruas para enfrentar a direita e o proto-fascismo. A passividade é total e anda de mãos dadas com um atrelamento mórbido à grande burguesia brasileira e ao imperialismo norte-americano.
10. A saída para os trabalhadores e o povo brasileiro, assim como para todos os trabalhadores e povos de América está nas lutas nas ruas, contra o circo eleitoral que foi montado para nos massacrar. Devemos nos preparar para os acontecimentos que viram a partir do próximo ano, com a inevitável escalada da luta de classes, sob o calor do aprofundamento da maior crise capitalista mundial de todos os tempos.
Voto Nulo contra o circo eleitoral!
Lutar nas ruas contra o massacre dos trabalhadores e o povo!
Organizaciones Assinantes:
- SOBERANOS
- Primera Linea Rivolucionaria America Latina
- Le Droit de Vivere en Paix, Montréal
- Chilenos en Canadá por una Asamblea Constituyente
Voto nulo en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales en Brasil
Las organizaciones que suscriben este documento respaldan el voto nulo en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales en Brasil, que se realizarán el 30 de octubre de 2022.
Hay muchas razones para defender esta posición política. Destacamos las 10 que consideramos más importantes.
1. Estas elecciones están controladas muy férreamente, como un verdadero circo electoral, por el imperialismo norteamericano que necesita controlar su patio trasero para escalar la política de guerra como la principal “salida” de su mayor crisis de todos los tiempos. Hay en marcha una verdadera “operación en pinzas”, donde todo el espectro oficial está controlado por él.
2. La misma política se aplicó en Chile, con la elección del gobierno de Gabriel Boric, quien ha continuado la misma política del derechista Sebastián Piñera. Lo mismo sucede en Colombia con la elección de Gustavo Petro, donde las medidas son mucho más “radicales” que en Chile, pero todo lo esencial para el estado narcoparamilitar más reaccionario de América Latina se mantiene intacto, ni siquiera es cuestionado.
3. La candidatura de Lula como oposición a Jair Bolsonaro y al bolsonarismo parece una broma, una afrenta a los trabajadores y al pueblo brasileño. El vice de Lula, Geraldo Alckmin, es un derechista que asoló el Estado de São Paulo durante cuatro gobiernos. Los aliados del “frente amplio” contra Bolsonaro son, en la práctica, tan reaccionarios y antipopulares como lo fue el gobierno de Bolsonaro. Hay gente como FHC (el presidente que aplicó la cartilla “neoliberal” durante sus dos gobiernos), Persio Arida (el padre del “Plan Real”), Arminio Fraga (ex presidente del Banco Central de FHC) e incluso varios supuestos “ex bolsonaristas”.
4. En estas elecciones, quienes fueron responsables por la campaña terrorista en contra del supuesto “mayor corrupto de todos los tiempos”, Lula, y que impusieron el bolsonarismo en el 2018, ahora lo está apoyando abiertamente: Red Globo, toda la prensa burguesa y las grandes organizaciones empresariales, como la poderosa FIESP (Federación de las Industrias del Estado de San Pablo).
5. No hay nada parecido con propuestas políticas y mucho menos hablan de un programa político para sacar a Brasil de la crisis. Está la figura de Lula, que es muy popular principalmente en el Nordeste, y menos en las regiones del Sur de Brasil, para dar la cara en un ambiente donde todo está controlado por la derecha y, principalmente, por la extrema derecha.
6. No hay absolutamente ninguna movilización popular para defender a Brasil, sobre todo porque fue durante los gobiernos del PT (Partido de los Trabajadores) cuando los sindicatos y las principales organizaciones sociales fueron cooptadas y corrompidas con recursos públicos. Muy por el contrario, hay sumisión total al imperialismo yanqui. Las movilizaciones son meramente electorales para defender el voto en Lula/Alckmin, en contra de Bolsonaro, y en el mejor de los casos, hay una promesa de implementar algún programa social. Teniendo en cuenta que el imperialismo necesita aumentar su rapiña de los recursos para evitar su bancarrota, los programas sociales obviamente estarán muy lejos de lo que eran en la década de 2000.
7. El abstencionismo, junto con los votos nulos y blancos, ha crecido mucho desde 1989, y representa una tendencia a repudiar el régimen político en su conjunto. Fueron más de 40 millones de votos, más de 1,5 millones que en 2014. Si consideramos estos votos, Lula recibió en la primera vuelta poco más del 36% del total de votos y Bolsonaro poco más del 32%.
8. El bolsonarismo representa la versión brasileña del trumpismo, una especie de proto-fascismo de masas que fue puesto en las calles por los mismos golpistas que hoy apoyan a Lula/Alckmin para controlar las grandes manifestaciones de masas de junio de 2013 y que se consolidó en las Elecciones de 2018, que representaron el mayor fraude electoral en 100 años en Brasil. En la primera vuelta de estas elecciones, el bolsonarismo fue el gran triunfador. Ya ganó la bancada más grande del Senado y la mayoría junto con otros sectores de extrema derecha; la bancada más grande de la Cámara de Diputados; dos de los tres principales gobiernos de la Federación y también debe ganar el estado más importante, São Paulo, derrotando a Fernando Haddad del PT (Partido dos Trabalhadores) de Lula.
9. Los responsables por tal derrota, que ya sucedió, es precisamente la política del PT de contención del movimiento de masas, de destruir sus organizaciones, de no organizar en absoluto ninguna lucha real en las calles para enfrentar a la derecha y al protofascismo. La pasividad es total y va de la mano con la sumisión morbosa a la gran burguesía brasileña y al imperialismo norteamericano.
10. La salida para los trabajadores y el pueblo brasileño, así como para todos los trabajadores y pueblos de América Latina, está en las luchas en las calles, contra el circo electoral que se montó para masacrarnos. Debemos prepararnos para los acontecimientos que veremos a partir del próximo año, con la inevitable escalada de la lucha de clases, al calor de la agudización de la mayor crisis capitalista mundial de todos los tiempos.
¡Voto Nulo contra el circo electoral!
¡Luchar en las calles contra la masacre de los trabajadores y del pueblo!
Grupos Firmantes:
- SOBERANOS
- Primera Linea Rivolucionaria America Latina
- Le Droit de Vivere en Paix, Montréal
- Chilenos en Canadá por una Asamblea Constituyente
1 comentario en «Voto nulo en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales en Brasil»