As verdadeiras intenções …Por que Bolsonaro entrou no TSE com pedido de revisão dos votos das eleições?

As verdadeiras intenções …Por que Bolsonaro entrou no TSE com pedido de revisão dos votos das eleições?

Bolsonaro terá a intensão de desmistificará as urnas? Nada é por um acaso... Bolsonaro perdeu, mas o Bolsonarismo está vencido?

O PL (Partido Liberal), de Jair Bolsonaro, entrou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com um pedido de revisão das eleições presidenciais de 2022.

O questionamento é sobre a segunda volta. Sobre a primeira volta, que deu uma enorme bancada nas câmaras dos Deputados e dos Senadores, e vários governadores, não fala nada.

O motivo alegado é que deveriam ser anulados os votos registrados em 240 mil urnas eletrônicas antigas, anteriores ao modelo de 2022.

O fundamento da alegação é que os logs dessas urnas apresentariam o mesmo identificador, o que obviamente impediriam que fossem contabilizadas de maneira confiável.

A formalidade do pedido ficou muito evidente nas declarações do advogado do PL, Marcelo Bessa: “Fizemos uma representação para que o TSE aprofunde um estudo para verificação da existência de mau funcionamento. Em verificando que houve mau funcionamento, daí aplique as consequências legais para entender necessárias”.

Se esses votos forem desconsiderados, Bolsonaro teria vencido com 51,2% dos votos válidos.

A resposta do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, foi imediata. Para proceder à análise, o PL deverá incluir também no questionamento o primeiro turno das eleições.

O verdadeiro jogo

O objetivo de Bolsonaro e “seus amigos” não é invalidar as eleições de 2022, que foram um jogo de cartas muito marcadas e das quais o bolsonarismo saiu com resultados maiores do esperado.

As mesmas urnas eletrônicas foram as responsáveis pela vitória do bolsonarismo em 2018, junto com várias outras manobras impostas pelos realmente interessados nesse resultado.

Agora em 2022, o Partido Democrata norte-americano precisava da vitória de Lula/ Alckmin exatamente pelos mesmos motivos que o tinham levado a impor a Gabriel Boric no Chile e a Duque na Colômbia.

O imperialismo norte-americano precisa manter o quintal traseiro pacificado enquanto continua avançando na “saída” militar para a sua maior crise de todos os tempos.

As ilusões de parte importante do povo brasileiro com os programas sociais de Lula funcionam como um mecanismo que podem adiar o inevitável estouro social.

No entanto, a equipe econômica de transição é a mesma que nos governos de FHC entregaram em bandeja de prata meio Brasil a troco de nada.

O verdadeiro objetivo da solicitação do PL vai um pouco além da mera demagogia. É óbvio que o PL e Bolsonaro conhecem muito bem as “regras do jogo” impostas pelos “nossos amos”.

O verdadeiro objetivo passa por manter vivo o bolsonarismo nas ruas, como um movimento fascista que poderá ser direcionado contra os trabalhadores e as massas num ascenso. Mais ou menos como a burguesia fez a partir do dia 21 de junho de 2013 para conter as manifestações.

Quando a polícia é ultrapassada, a burguesia fica com medo de utilizar o Exército para conter o movimento de massas em ascenso porque o treinamento é para matar. E depois de haver matado algumas dezenas de manifestantes, o perigo é que a reação popular aumente e o próprio Exército se divida.

Esse é o papel do fascismo clássico que no caso de um país submetido ao imperialismo tende rapidamente a “institucionalizar-se”; os movimentos nas ruas tendem a ser rapidamente controlados para dar lugar ao controle por meio dos aparatos burocráticos e repressivos do estado.

Conforme a crise capitalista avança e a pressão sobre a maioria da população aumenta, fica mais evidente que no próximo período deveremos ver estouros sociais, pelo menos na mesma linha do que está acontecendo hoje na Europa. Mas é evidente que o Brasil e a América Latina estão longe de ter o nível de vida da Europa.

Para onde esses movimentos de massas irão está em aberto, dependerá da evolução da luta de classes.

O nosso papel como revolucionários é estar preparados para incidir na situação política real.

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