O Congresso aprovou o Orçamento Público Federal para 2023, que incorpora a chamada PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Transição.
Com R$ 145 bilhões adicionais, fora do teto de gastos para os programas sociais, o governo Lula/ Alckmin contará com recursos para manter o Bolsa Família por um ano. Serão R$ 600 mensais por família pobre e R$ 150 por crianças menores de seis anos.
Os recursos também devem cobrir os gastos com o Auxílio Gás, o Programa Farmácia Popular e direcionará R$ 22 bilhões para a área da saúde.
A previsão de aumentar o salário mínimo de R$ 1212 para R$ 1320 ainda deverá ser vista.
Enquanto os malabarismo para manter a estabilidade social são gigantescos, os salários da alta cúpula estatal foram de mais de 15%, o que repercutirá nos salários nos segundos e terceiros níveis da burocracia do estado.
Agora o problema fundamental que o novo governo enfrentará nem sequer é esse, pelo menos de maneira direta.
A maior crise capitalista de todos os tempos avança a passos largos e os donos da América Latina, impõem o aumento do saque.
A estabilidade da região é um componente fundamental da política do imperialismo norte-americano que avança na promoção da guerra como a “saída” para a sua crise por causa da impossibilidade de promover reformas estruturais.
Os níveis de parasitismo são obscenos. Os volumes de capitais fictícios somente crescem.
A especulação financeira funciona como um buraco negro que absorve o grosso da riqueza social. Dela dependem os lucros de todas as grandes empresas.
É a crise capitalista o motor da mobilização popular. Isso pode ser visto claramente na Europa e também na América Latina. A bola da vez é o Peru, mas qualquer um dos países da região poderá ser o próximo.