De acordo com os últimos dados do PIM (Pesquisa Industrial Mensal) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a produção industrial no Brasil ainda está 2,1% abaixo do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 18,4% no nível recorde de maio de 2011.
Em outubro de 2022, a indústria subiu 0,3% em comparação a setembro e 1,7% em relação ao mesmo mês de 2021.
Somente dois dos quatro principais setores industriais dos 26 pesquisados tiveram crescimento; e 15 do total.
Nos últimos 12 meses, até outubro, o recuo foi de 1,4%. E nos 10 primeiros meses de 2022 o recuo foi de 0,8%.
O Brasil tem se orientado à produção especulativa de matérias primas que são comercializadas nas bolsas mercantis e futuro, diretamente na especulação financeira.
Essa política se acentuou a partir da imposição do chamado Consenso de Washington de 1989 pelo imperialismo norte-americano, que visava conter a sensível queda dos lucros desde a crise mundial de 1974.
A queda da produção industrial impacta em cheio a geração de empregos, principalmente os empregos de qualidade.
O capitalismo tem se visto amarrado às próprias leis que regulam o seu funcionamento.
A contradição entre a propriedade privada sobre os meios de produção e a produção altamente socializada e globalizada tensa todos os aspectos da sociedade capitalista.
A obtenção de lucros a partir de atividades produtivas tem se tornado uma operação a cada dia mais complexa.
É por isso que todo tipo de mazelas e “barbaridades” tem se tornado a norma. Trabalho escravo e semi-escravo, comida de pior qualidade a cada dia, super exploração dos trabalhadores, aumento do desemprego, guerras, aumento da repressão etc. O mais perfeito combustível para as rebeliões e as revoluções.
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