De acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) a inflação oficial em 2022 foi de 5,79%.
A meta estabelecida pelo CVM (Conselho Monetário Nacional) para a inflação de 2022 foi de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2% a 5%).
Em abril de 2022, a inflação oficial chegou aos 12% e somente foi controlada por meio da redução do ICMS (imposto estadual) sobre a gasolina e a energia elétrica.
Os efeitos de controle já começaram a fazer água em dezembro e deverão piorar em 2023, conforme o governo Lula/ Alckmin for desmontando os subsídios aos combustíveis e à energia, conforme anunciado pelo próprio ministro Fernando Haddad.
Portanto a melhoria em relação a 2021, quando a inflação oficial foi de 10%, foi um fenômeno artificial.
A inflação oficial do mês de dezembro foi de 0,62%, o que já começa a aproximá-la dos 10% oficiais anuais novamente.
Em 2022, a inflação oficial dos alimentos e bebidas foi de 11,64%, impactando em 2,41% a inflação oficial total.
O aumento do consumo familiar foi ainda maior, 13,23%.
A cebola aumentou 130,14%, o leite longa vida 26,18%, a batata inglesa 51,92%, as frutas 24%, o pão francês 18,03%.
Os produtos de saúde e cuidados pessoais aumentaram 11,43%.
O vestuário aumentou em 18,02%.
O aumento dos aluguéis residenciais foi de 8,25%.
A inflação oficial na principal cidade do Brasil, São Paulo, fechou em 7,32%.
A inflação tem aumentado sob o impacto da maior crise capitalista mundial.
No caso da América Latina, tem como base a pressão do imperialismo norte-americano para descarregar uma parte da sua maior crise de todos os tempos sobre o seu quintal traseiro.
A tendência geral é ao aumento da inflação junto com a recessão. Um processo que os economistas denominam estagflação, pois o normal seria que a recessão fosse acompanhada de deflação, não de inflação.
Os gigantescos volumes de capitais fictícios/ especulativos pendem qual uma espada de Damocles sobre a população mundial. Devido à impossibilidade de pôr em pé uma política estrutural alternativa, a burguesia mundial avança para a guerra cada vez com mais força.
As guerras contrarrevolucionárias andam de mãos dadas das revoluções. E não esqueçamos que não há nada mais revolucionário que a inflação, parafraseando as palavras de Vladimir Ilich Lenin.
1 comentario en «Para onde vai a inflação no Brasil?»