O «imperialismo bonzinho» e o nacionalismo oculto

O «imperialismo bonzinho» e o nacionalismo oculto

"O imperialismo humanizado", a estória perfeita para os oportunistas de esquerda e direita. Saibam da "nova teoria" que os estafadores nos tentam empurrar.

O controle do Brasil e da América Latina pelo nosso “amo e senhor”, o imperialismo norte-americano, longe de ter ficado mais frouxo, é agora mais forte do que nunca.

O motivo principal é o aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos, que está na base da escalada militar como “saída” para a crise.

O acúmulo obsceno de capitais fictícios está na base da podridão generalizada da sociedade.

Os grandes capitalistas encontram enormes dificuldades para gerar lucros, sendo fundamentalmente alimentados pelos recursos públicos.

A saída deles para essa bola de neve que somente cresce é (como foi nos momentos de grandes crises) a guerra.

A guerra na Ucrânia foi imposta à Rússia pelo imperialismo porque os mecanismos de contenção, turbinados com rios de dinheiro, disfarçada anteriormente pela “pandemia”, que no essencial foi uma operação militar contra os povos do mundo, estava se esgotando.

Assim, o complexo industrial-militar norte-americano começou a se mover rapidamente, passando a controlar a Europa a ferro e fogo pelo.

Os efeitos colaterais da crise estão na outra face da moeda das políticas contrarrevolucionárias: as rebeliões populares e as revoluções. Conforme vemos principalmente na Europa.

A tese do “imperialismo humanizado”

A estória da carochinha de que os Estados Unidos, nossos principais opressores desde a Doutrina Monroe, agora permitiriam à América Latina ter certa independência é antiga.

Com a imposição diretamente pelo imperialismo norte-americano dos governos de Gabriel Boric (Chile), de Gustavo Petro (Colômbia) e de Lula/ Alckmin (Brasil) essas “ilusões” foram às alturas.

Por quê?

Porque essa é a política preferencial do Partido Democrata para a região, pois precisava conter os levantes populares que tinham sido provocados pelo aperto da região nos governos Obama e Trump.

Essa campanha faz parte de uma operação psicológica militar, as chamadas PsyOps, com o objetivo de continuar nos massacrando, ao mesmo tempo em que nos faz acreditar que “somos livres”.

A campanha é tão forte, e reforçada por rios de dinheiro, que até a suposta “extrema esquerda”, com foco atualmente no PCO [Partido da Causa Operária], embarcou nela de mala e cuia.

O imperialismo e a luta de classes desapareceram no cenário concreto?

Lula viaja aos Estados Unidos e seria tratado de igual a igual pelo imperialismo?

Para justificar a fortíssima virada à direita do governo Lula/Alckmin só mentiras e manipulações.

Sobre a obscena política econômica que mantém a de Paulo Guedes, silêncio sepulcral e demagogia. Lula disse que […] “Ainda é cedo, vamos aguardar”.

O imperialismo impôs na região a política do “controle do espectro total” dos regimes.

A “esquerda” oficial atua como militante de primeira classe do Partido Democrata norte-americano. A direita se divide entre os Partidos Democrata e Republicano.

Chegamos a um ponto tão terminal da “nossa esquerda” que alguns setores chegaram ao ponto de atacar raivosamente o renomado jornalista norte-americano, sediado em Moscou, Andrew Korybko.

Korybko ha denunciou, de maneira recorrentemente, o alinhamento do governo Lula/Alckmin ao imperialismo em relação aos BRICS e a guerra na Ucrânia, em contra da Rússia. Essa política nem sequer Bolsonaro ousou aplicá-la.

A saída para os povos

A saída para a brutal crise que assola a região e o mundo só pode ser enfrentar os esforços do imperialismo por nos arrancar até a última gota de sangue e se salvar da sua maior crise histórica.

Como as organizações de massas se encontram cooptadas por pequeno-burgueses corruptos, as mobilizações tendem a surgir de maneira espontânea.

O nosso papel como revolucionários é levar a consciência revolucionária a essas lutas espontâneas.

Devemos criticar o sistema sim. Mas temos o dever de apresentar propostas. E principalmente vinculá-las às lutas concretas das massas por meio do trabalho de agitação e propaganda.

COMPARTIR:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

1 comentario en «O «imperialismo bonzinho» e o nacionalismo oculto»

Deja un comentario

Plataforma Latino Americana