Por que Lula adiou indefinidamente sua viagem à China e não realizou uma cúpula virtual?

Por que Lula adiou indefinidamente sua viagem à China e não realizou uma cúpula virtual?

Sobre a relação tóxica de Lula com Biden. Pra não chatear ao presidente dos Estados Unidos, o presidente do Brasil desmarcou sua importantíssima reunião com China.

Por Andrew Korybko

Apresentação de Primera Línea Revolucionaria

O caráter absolutamente pró-imperialista do governo Lula/Alckmin fica mais claro a cada dia, conforme avança na aplicação de uma agenda abertamente contra o povo brasileiro.

Brasil e a América Latina fazemos parte da retaguarda dos Estados Unidos desde Monroe, e hoje na sua mais profunda crise eles precisam ir à guerra nos usando como bucha de canhão, de retaguarda por enquanto, da mesmíssima maneira que usam os ucranianos como bucha de canhão de vanguarda para os mesmos objetivos.

Somente alucinados como os satélites do PT, ou os blogueiros vinculado$$ ao governo Lula/Alckmin podem ter coragem de embarcar nessa campanha de desinformação anti-Brasil.

Os motivos materiais que estão por detrás nós temos analisados bastante. A última análise foi na nossa reposta à critica que com muita gentileza nos dedicou o presidente do PCO (Partido da Causa Operária), o Sr. Rui Costa Pimenta.

Andrew Korykbko nos tem apresentado una série de análises desvendando vários aspectos da clara direitização da política externa brasileira.

A isso se somam, as políticas abertamente inimigas do Brasil no campo da Economia, com o mais tucano dos petistas, Fernando Haddad, nas palavras de Lula;

do Meio Ambiente, com a agente de George Soros, Marina Silva;

da Justiça, com o já agente ou candidato a agente de algumas das agências dos Estados Unidos, o Sr. Flávio Dino, que entregou a troco de nada a base de Alcântara e agora reativou a Operação Lava Jato;

de Minas e Energia;

do Planejamento com a direitista Simone Tebet;

e de praticamente todo o governo Lula/Alckmin, que é um governo tucano, um governo FHC 3.0 mais que um governo Lula 3.0, onde o papel de Lula é basicamente fazer o papel de bobo da Corte.

Com a palavra Andrew Korybko

Cancelar abruptamente toda a viagem após meses de planejamento e já ter concordado com tanta importância de antemão apenas por causa da “doença” de uma pessoa sugere que algo mais está em jogo nos bastidores. Parece que Lula percebeu que a ótica de se encontrar com seu homólogo chinês – mesmo que apenas virtualmente – na mesma semana da segunda chamada “Cúpula pela Democracia” dos EUA ofenderia Biden, que é seu parceiro prioritário se tivesse para escolher entre esses dois.

O presidente brasileiro Lula adiou indefinidamente sua viagem à China, marcada para esta semana, devido a um caso de “pneumonia leve”, o que é altamente suspeito, pois não há razão crível para que ele não pudesse ter realizado uma cúpula virtual com seu homólogo chinês. Afinal, os dois líderes já planejaram suas agendas de acordo antes dessa “doença inesperada”, portanto, eles estariam livres para fazê-lo se Lula realmente quisesse. Isso levanta questões muito sérias que serão abordadas agora.

A Associated Press informou que o palácio presidencial divulgou um comunicado na última quinta-feira indicando que 20 acordos bilaterais deveriam ser assinados durante a viagem de Lula, o que prova que tudo já foi previamente decidido entre seus diplomatas, como é de praxe antes das visitas de Estado. A delegação ministerial e empresarial que deveria viajar com ele ainda poderia ter partido para a República Popular enquanto ele ficou para trás para “recuperar” e se encontrar virtualmente com o presidente Xi.

Cancelar abruptamente toda a viagem após meses de planejamento e já ter concordado com tanta importância de antemão apenas por causa da “doença” de uma pessoa sugere que algo mais está em jogo nos bastidores. Parece que Lula percebeu que a ótica de se encontrar com seu homólogo chinês – mesmo que apenas virtualmente – na mesma semana da segunda chamada “Cúpula pela Democracia” dos EUA ofenderia Biden, que é seu parceiro prioritário se tivesse para escolher entre esses dois.

Isso também não é uma especulação infundada, já que o líder brasileiro elogiou o próximo evento em sua declaração conjunta publicada após sua viagem a DC no início de fevereiro, que também é a mesma em que condenou a Rússia. A terceira frase proclama que “Como líderes das duas maiores democracias das Américas, o presidente Biden e o presidente Lula se comprometeram a trabalhar juntos para fortalecer as instituições democráticas e deram as boas-vindas à segunda Cúpula pela Democracia a ser realizada em março de 2023”.

Além disso, já existe um precedente para ele priorizar as sensibilidades dos Estados Unidos sobre os interesses objetivos do Brasil com terceiros depois que ele supostamente atrasou a atracação de um navio de guerra iraniano no mês passado para que não ocorresse ao mesmo tempo em que ele estava visitando Washington DC. Não seria, portanto, surpreendente se ele também decidisse “adiar indefinidamente” a viagem planejada para a China, para que não ocorresse na mesma semana da segunda “Cúpula pela Democracia”.

Apesar da campanha de desinformação que está sendo travada por seus apoiadores hoje em dia, mostrando que ele continua fervorosamente comprometido com a multipolaridade, pode-se argumentar de forma convincente que Lula recalibrou sua visão de mundo nos últimos anos a ponto de agora estar intimamente alinhada com os EUA. Ele não apenas condenou a Rússia junto com Biden, mas também fez o Brasil votar contra na ONU, em vez de permanecer neutro como fizeram seus colegas parceiros do BRICS.

O chamado “plano de paz” de Lula para a Ucrânia também está em polos opostos ao da China, apesar da campanha de desinformação de seus apoiadores alegar o contrário, como provado pelo voto mencionado acima, exigindo a retirada total e imediata da Rússia, sem pré-condições, de todo o território que Kiev reivindica como seu. Sua ligação de acompanhamento com Zelensky reafirmou esse fato politicamente hostil, assim como ele minimizou as causas desse conflito, que é verdadeiramente uma guerra por procuração OTAN-Rússia, apesar de ele se recusar a admitir isso.

O vice-representante permanente do Brasil na ONU posteriormente chocou o Sul Global depois de expressar publicamente aborrecimento por Moscou discutir a russofobia no Conselho de Segurança, o que mostrou que seu país não é verdadeiramente sincero em repudiar o racismo como o Artigo 4 de sua Constituição determina. O ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira então deu a entender fortemente que o presidente Putin seria preso se ele viajasse ao Brasil novamente depois que o “Tribunal Penal Internacional” emitiu um mandado de prisão contra ele.

Na mesma entrevista em que transmitiu ameaçadoramente essa ameaça implícita, Vieira admitiu que “o presidente Lula não apresentou um programa concreto ou um plano de paz concreto” para a Ucrânia, desmentindo assim a desinformação de seu lado, especulando que o Brasil tinha alguma sugestão única para encerrar o conflito. A única coisa que Lula sempre teve em mente foi convencer os países verdadeiramente neutros a reverter sua posição em favor do apoio à chamada “fórmula da paz” de Kiev, que inclui um “tribunal especial” para processar a Rússia.

Considerando o alinhamento indiscutível de sua visão de mundo e a de Biden quando se trata do conflito geoestrategicamente mais significativo desde a Segunda Guerra Mundial, não há dúvida de que a postura de Lula em relação a questões comparativamente menos significativas, como os laços econômicos com a China, também está alinhada com a dos Estados Unidos. Com isso em mente, os observadores não podem descartar a possibilidade de que Lula “adiou indefinidamente” sua viagem à China e se recusou a realizar uma cúpula virtual com o presidente Xi por medo de ofender Biden.

Não importa se ele realmente tem “pneumonia leve” como afirma a narrativa oficial, já que isso não tem nada a ver com o motivo pelo qual a delegação ministerial e empresarial foi instruída a não viajar para a China. Já estavam assinados 20 acordos bilaterais e aguardavam apenas sua assinatura, que o embaixador brasileiro ou seu chanceler poderia ter feito em seu lugar. Adiar tudo “indefinidamente” foi, portanto, uma escolha voluntária, indiscutivelmente feita por razões de relações públicas.

Lula não queria que Biden ficasse chateado por ele se encontrar com o presidente Xi – mesmo que apenas virtualmente – na mesma semana em que o líder dos EUA realizava sua segunda “Cúpula pela Democracia” que os dois consideraram significativa o suficiente para elogiar na terceira sentença de sua declaração conjunta no mês passado. Tendo supostamente adiado a atracação de um navio de guerra iraniano que, de outra forma, teria coincidido com sua viagem a DC, o precedente foi estabelecido para ele “adiar indefinidamente” sua viagem à China também.

Esse insight, por mais “politicamente inconveniente” que seja para seus partidários, explica por que Lula optou por não enviar sua delegação ministerial e empresarial à China nesta semana, depois de tudo já acertado, e por que se recusou a realizar uma cúpula virtual com o presidente Xi. Simplificando, quando forçado a escolher entre a China e os EUA, Lula escolheu o último sem pensar duas vezes, uma vez que a visão de mundo liberal-globalista da hegemonia unipolar em declínio se alinha de perto com a sua própria.

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2 comentarios en «Por que Lula adiou indefinidamente sua viagem à China e não realizou uma cúpula virtual?»

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