Zelensky mostrou a Lula quem manda ao derrubá-lo no G7

Zelensky mostrou a Lula quem manda ao derrubá-lo no G7

Política exterior do governo Lula: independentemente de tudo, tudo depende dos EUA. A política nacionalista de Lula mais uma vez foi por água abaixo, desta vez demostrada no encontro do G7

Por Andrew Korybko

Apresentação Primera Línea Revolucionaria

A política exterior do governo Lula/Alckmin está em consonância com a política geral, que segue as ordens do patrão, o governo Biden, e que o caracterizam como um governo FHC 3.0.

Lula tentou acenar com algumas manobras que lembravam uma certa autonomia, como a desdolarização que levantou na sua viagem à China e a iniciativa de paz em Ucrânia.

Mas conforme ficou evidente não passaram de justamente manobras.

O próprio Lula voltou a reforçar várias vezes que para se chegar a paz na Ucrânia, a Rússia deve retirar-se dos territórios ocupados.

Essa é a política dos Estados Unidos e especificamente do complexo industrial militar norte-americano para continuar a sua guerra.

Deixa de lado a questão histórica, a brutal pressão dos Estados Unidos, via OTAN (Organização do Atlântico Norte), contra a Rússia; a situação das populações russófonas, dos nazistas organizados pelos Estados Unidos na Ucrânia e toda Europa.

Enfim, a brutal opressão do imperialismo norte-americano em todo o mundo, em particular a América Latina, agora é pior que nunca dado ao acelerado aprofundamento da sua maior crise histórica.

Com a palavra Andrew Korybko

O jogo de poder de Zelensky foi projetado para mostrar a seu povo que ele é o alfa em seu relacionamento, já que Lula continuou pressionando seu plano de Cavalo de Tróia para uma Cúpula da ONU sobre este conflito, apesar de ter sido humilhado por seu colega ucraniano e reclamar a todos sobre o quão «chateado» isso o deixou. Ele sente.

O presidente brasileiro Lula acabou de ser humilhado depois que Zelensky  não compareceu ao seu encontro no G7.

Posteriormente, ele começou a reclamar sobre o quão «chateado» ele se sentia com o fracasso dos planos deles, o que o fazia parecer fraco.

Pior ainda para sua imagem foi ele continuar apegado à sua retórica de paz anterior em relação à guerra por procuração OTAN-Rússia, propondo uma Cúpula da ONU sobre este conflito.

Lula não percebeu que se tratava de uma mesquinha jogada de poder de Zelensky para mostrar quem manda ou simplesmente não tem respeito próprio para se importar.

O líder ucraniano é uma pessoa rancorosa conhecida por guardar rancor, o que, neste caso, se relaciona com a retórica de paz anterior de Lula de culpar os dois lados pela guerra por procuração em andamento.

Como foi explicado aqui, ele está realmente apenas funcionando como o Cavalo de Tróia do Ocidente para enganar o Sul Global a apoiar a posição maximalista do primeiro, em vez do compromisso muito mais pragmático da China.

Isso não é especulação como afirmam os propagandistas de seu lado, mas comprovado por sua postura oficial em relação ao conflito.

Lula falou mal da Rússia logo após a última viagem de Lavrov ao Brasil, que coincidiu com o seu principal assessor de política externa, Celso Amorim, reafirmando a postura consistente do país de condenar o Kremlin na AGNU e exigir a retirada total da Grande Potência de todo o território reivindicado por Kiev.

Amorim acabou de voltar de Kiev no início deste mês também, período em que se encontrou com o escandaloso belicista fascista Andrey Melnik, que elogiou o encontro com desconfiança.

Aquele ex-embaixador ucraniano na Alemanha, que elogiava Bandera, e atual vice-ministro das Relações Exteriores, é conhecido como uma das figuras anti-russas mais radicais do regime.

O fato de ele estar tão satisfeito com Amorim, apesar da retórica de paz anterior de Lula, sugere fortemente que ele foi convencido por seu convidado do papel do Cavalo de Tróia do Brasil, aconselhado pelos EUA, em enganar o Sul Global, como foi explicado anteriormente. Isso levanta a questão de por que Zelensky desprezaria Lula depois que Melnik estava convencido de que o Brasil está do seu lado.

A resposta é que o líder ucraniano é muito mesquinho e rancoroso para apreciar o incomparável apoio de soft power que seu colega está fornecendo a Kiev.

Em vez de olhar para o quadro geral e perceber que nenhum outro país tem a chance de enganar as massas do Sul Global na escala que Lula está tentando fazer, Zelensky aparentemente continua obcecado com o que disse sobre ele em sua entrevista de maio de 2022 para a Revista Time:

“Esse cara é tão responsável quanto Putin pela guerra. Porque na guerra não há apenas um culpado… Não conheço o presidente da Ucrânia. Mas seu comportamento é um pouco estranho. Parece que ele faz parte do espetáculo. Ele está na televisão de manhã, ao meio-dia e à noite… Ele queria a guerra. Se ele não quisesse a guerra, teria negociado um pouco mais. É isso… Deveríamos estar tendo uma conversa séria: ‘OK, você era um bom comediante. Mas não vamos fazer guerra para que você apareça na TV.’”

Em retrospecto, Lula também fez “parte do espetáculo” ao fingir ser o chamado ‘bom policial’ para o ‘mau policial’ dos Estados Unidos com o objetivo de desempenhar seu papel de Cavalo de Tróia no caso de ser reeleito.

Chega-se a essa conclusão ao relembrar o voto de seu país em apoio a uma resolução anti-russa da Assembleia Geral da ONU em fevereiro, sua consistente condenação daquele país e o fato de que ambas as posições contradizem o precedente estabelecido por seu partido em 2014 sob a ex-presidente Dilma Rousseff de se abster deste conflito.

Em vez de continuar a política de seu partido promulgada por seu então sucessor, ele continuou a do ex-presidente Bolsonaro de votar em apoio às resoluções anti-russas da Assembleia Geral da ONU, mas Lula foi ainda mais longe ao romper com seu antecessor ao condenar pessoalmente a Rússia.

Isso foi feito em sua declaração conjunta com Biden em fevereiro, e também merece ser mencionado que ele teria discutido o lançamento de uma rede de influência global em parceria conjunta com os Democratas dos Estados Unidos durante esse período.

Os liberais-globalistas governantes daquele país representam de longe a facção política mais anti-russa de sua burocracia permanente, o que desacredita ainda mais as alegações de Lula de ser “neutro” em relação a este conflito e, assim, dá crédito à conclusão de que ele está funcionando como o Cavalo de Tróia de seus aliados ideológicos. No entanto, apesar da abundância de evidências factuais e circunstanciais em apoio a essa avaliação, Zelensky ainda preferiu se comportar mesquinhamente colocando Lula no G7.

Este foi um jogo de poder projetado para mostrar ao seu povo que ele é o alfa em seu relacionamento, já que Lula ainda continuou pressionando seu plano de Cavalo de Tróia para uma Cúpula da ONU sobre este conflito, apesar de ser humilhado por seu colega ucraniano e reclamar a todos sobre o quão «chateado» isso o fez sentir.

Qualquer líder que se preze teria sinalizado que está adiando mais anúncios sobre isso até que seu homólogo faça as pazes, especialmente se seu estado for estrategicamente autônomo como Lula diz que o dele é.

Em vez de fazer isso, muito menos considerar seriamente uma recalibração política na tentativa de equalizar a dinâmica de poder desigual entre eles, Lula se submeteu a ser o beta de Zelensky ao seguir em frente com o plano do Cavalo de Tróia, apesar de nenhuma emenda ter sido feita.

O líder ucraniano aproveitou ao máximo a fidelidade de seu homólogo brasileiro, dizendo à imprensa enquanto “sorriu” que “acho que o decepcionou” com o fracasso da reunião, que a Reuters relatou “arrancou risos dos repórteres”.

O ritual de humilhação estava assim completo, não restando mais dúvidas de que Lula só se submeteu voluntariamente a ser o beta de Zelensky depois que o líder ucraniano mostrou ao homólogo brasileiro quem manda.

Foi um jogo de poder mesquinho, mas com uma ótica extremamente significativa, pois envolveu esse autoproclamado “socialista” se curvando diante de um dos mais infames “fascistas” modernos do mundo, desacreditando assim a retórica de paz de Lula e as pretensões de neutralidade ao provar que ele é um Cavalo de Tróia.

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