A Rede Globo tem sido um dos principais pólos do golpismo no Brasil desde que foi fundada em 1967 sob a proteção da Ditadura Militar.
Desde lá, tudo o que a Rede Globo defende deve ser analisado com muitíssimo cuidado.
A prisão de Lula em 2017 e a imposição do Bolsonarismo em 2018 teve um dedo, mão e braço da Rede Globo.
Igualmente, o apoio militante da Rede Globo para impor Lula/Alckmin, após a confirmação de Geraldo Alckmin como vice, deveria dar muito o que pensar; assim como o apoio explícito a Fernando Haddad como ministro da Fazenda ou a Flávio Dino como ministro da Justiça.
Agora a Globo se embrenhou numa campanha pela “defesa do Meio Ambiente”, o que é super suspeito considerando que os capitalistas que sustenta a Rede Globo, e em particular o principal patrão, o imperialismo norte-americano tem muito pouco a ver com qualquer preocupação ambiental. Ainda mais considerando o acelerado aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos.
Na matéria do dia 23.5.2023, intitulada “A difícil arte de governar”, a âncora da Rede Globo, Miriam Leitão, coloca que Lula tem dois grandes desafios. Aprovar o Arcabouço Fiscal (dos sonhos de Paulo Guedes) e defender a Amazônia.
https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2023/05/a-dificil-arte-de-governar.ghtml
“O caso da exploração de petróleo na região conhecida como Foz do Amazonas não permite meio termo. O governo Temer negou licença para a francesa Total pesquisar petróleo lá. Seria chocante se o governo Lula pressionasse o Ibama a dar licença, com o argumento tosco da Petrobras de que, na verdade, fica a 500 quilômetros da Foz do Amazonas.”
“Lula terá que se envolver diretamente para evitar esse tipo de retaliação e para garantir autonomia do Ibama. Precisará também trabalhar pela aprovação do arcabouço. Governar exige fazer escolhas difíceis e aceitar limites, como bem sabe o presidente.”
O que está por trás?
O imperialismo norte-americano tem apertado muito o controle da América Latina porque na sua política para o controle do mundo, faz parte da retaguarda da guerra que impulsiona.
Nesse sentido, a Amazônia faz parte da reserva estratégica de matérias primas que poderão ser usadas no momento em que os Estados Unidos precisarem impactar o mercado energético ou de commodities.
Isso se tornou muito crítico, principalmente com a aproximação dos países do Golfo Pérsico da China e da Rússia, que formam a base dos petrodólares.
Com o crescente comércio por fora do dólar se criou um enorme problema para manter a atual política de exportar inflação ao exterior por meio do dólar, o que é feito mediante a geração de moeda sem lastro produtivo.
Os ventos de guerra sopram muito forte porque é a saída do capital, principalmente para o imperialismo norte-americano, que é a principal potência mundial.
E América Latina representa um dos pilares da sua hegemonia.
O convite da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao ex-vice de Obama, John Kerry, para nos ajudar a “proteger a Amazônia” faz parte dessa política.
Os gritos da Rede Globo para que a Amazônia seja “protegida” idem.
A imprensa hoje se converteu num braço das operações de PsyOp, operações de guerra psicológica em contra do povo, a serviço do dono da América Latina desde Monroe.
A luta anti-imperialista é parte da luta geral pela soberania dos povos da região e contra o capitalismo mundial.