Miriam Leitão, a porta-voz da Rede Globo publicou uma matéria, no dia 19 de setembro, intitulada “A economia em melhora constante”, onde declara:
“Nas projeções para a economia, o governo tem estado na ponta mais otimista, mas não distante do restante do mercado financeiro. O ano foi ficando melhor de fato, com surpresas positivas no primeiro e no segundo trimestre, tanto na inflação quanto no crescimento.”
A razão de tanto entusiasmo é o saldo da balança comercial que já está em US$ 62 bilhões e que deverá fechar o ano com aproximadamente US$ 90 bilhões.
O principal fator para esse resultado comercial devia ter sido impactado pela valorização do real, que impacta os insumos importados, ou pela queda dos preços das commodities.
Não foi devido a dois fatores principais, a super safra e os novos mercados que apareceram com a guerra na Ucrânia.
De todas maneiras, estamos voltando aceleradamente à época da Colônia, quando o país exportava produtos agrícolas e minerais.
A isso devemos adicionar a inundação do Brasil com os capitais ultra especulativos que vêm atrás das mais altas taxas de “remuneração” do mundo.
O Brasil paga 10% acima da inflação oficial para que os especuladores financeiros “invistam” na ultra corrupta dívida pública.
Os seguintes paraísos rentistas também estão na América Latina: Colômbia (4%), México, Uruguai e Chile.
A política econômica do conjunto do governo está orientada nesse sentido, desde o Banco Central até os ministérios da área econômica, como a Fazenda e o Planejamento.
Mas essa farra especulativa está com os dias contados por causa do constante aprofundamento da maior crise capitalista mundial.
Quando os capitais andorinha migrarem do Brasil e da América Latina, deixaram para trás um rastro de sangue, muito pior do que aconteceu na década de 1980.
Os trabalhadores e as massas tendem a entrar em movimento em cima das condições de vida a cada dia mais insuportáveis.
O regime político, que está totalmente controlado pelos Estados Unidos, aumenta as medidas repressivas por todos os ângulos.
É o duro enfrentamento entre as classes dominantes e os oprimidos o que está colocado.