Confesso, não nego: nos últimos anos ou talvez nas últimas décadas, nós, trabalhadores e juventude, sofremos incontáveis derrotas.
Nossos algozes riem constantemente das nossas tragédias e lágrimas. Eles esquecem apenas de um detalhe: o fruto de amanhã é a semente que hoje morre.
Hoje, somos semente. Amanhã, fruto. Nossas tragédias nos dão musculatura e experiência. Nossas lágrimas regam a terra. Embaixo de nossas folhas muitos repousarão.
Hoje nossos algozes cantam coros fúnebres. Amanhã terão de amargar a melodia da nossa liberdade.
Piada hoje somos. Amanhã, temor. Hoje, chacota. Amanhã, exemplo de luta.
Temam e tremam burguesias de todos os países, eis que seus coveiros prontos estarão para enterrá-los.
Eis que a liberdade cedo vem, banhada de sangue negro, indígena e branco.
Sangue de todos aqueles que lutam ontem, hoje e sempre pela liberdade de todos os povos, contra toda espoliação, exploração e opressão.
Arriba, todos os que lutam pela liberdade!