Material escrito pelo: JornalAuroraPopular
Por uma nova Agricultura
Segundo dados da FAO, mais de um bilhão de pessoas sofrem de fome no mundo. O número mais alto da história. Destes, mais de 100 milhões como resultado da atual crise e dos recentes aumentos dos preços dos alimentos. Em outras palavras, uma em cada seis pessoas no mundo está com fome. 642 milhões vivem na Ásia e 265 milhões na África Subsaariana.
A chamada “revolução verde” capitalista ou produção em larga escala, com alto nível de mecanização, já atingiu seu esgotamento e está cobrando seu preço:
- Salinização e saturação da terra pela água;
- Desperdício de fósforo e nitrogênio;
- Erosão do solo e perda de terras férteis;
- Esgotamento e contaminação dos aquíferos;
- Contaminação dos rios por resíduos de fertilizantes e pesticidas à base de petróleo;
- Envenenamento dos camponeses por conta de todos esses produtos;
- Brutal endividamento dos camponeses pelos crescentes custos produtivos.
Qual a saída?
A defesa da revolução agrária, levada a cabo pelo programa político revolucionário.
De modo a:
- Expropriar total e imediatamente, sem direito à indenização, os grandes ruralistas (latifundiários).
- Eliminar o agronegócio baseado na especulação financeira das commodities;
- Eliminar a influência das grandes empresas transnacionais de alimentos transgênicos, de modo a evitar o endividamento dos camponeses.
- Construir fazendas coletivas altamente tecno-eletrificadas, com:
- Agricultura integrada, longe da monocultura, com produções biologicamente diversificadas e consorciadas;
- Sistema de rotação de culturas (para quebrar o ciclo de doenças associadas a uma única espécie) e compostagem (que ao invés de esgotar o solo enriquece a terra);
- A não utilização de fertilizantes nitrogenados sintéticos;
- A utilização de irrigação por gotejamento para não desperdiçar água, garantindo uma alimentação variada, preservando a biodiversidade vegetal.