Grande revolta popular na Província de Jujuy, Argentina

Grande revolta popular na Província de Jujuy, Argentina

Os professores foram os que deram força ao levante em Jujuy, logo os povos originariose hoje em dia estão aparecendo os setores de ponta como os mineiros

Uma grande revolta popular começou na Província de Jujuy, que faz fronteira com a Bolívia, há duas semanas.

Começou com uma greve dos professores por melhores salários no dia 5 de junho, com uma grande manifestação em São Salvador, a capital. 

O governador Gerardo Morales, de Juntos Por El Cambio, de Maurício Macri, tentou controlá-la por meio da repressão e uma reforma constitucional provincial para impedir as manifestações populares com o apoio da UCR (União Cívica Radical) e o PJ (peronismo) local.

Morales também tem procurado entregar território comunitário às mineradoras do lítio que requerem uso preferencial da água por meio de reformas constitucionais por maioria simples e não os dois terços constitucionalmente legais.

No sábado passado, a repressão policial deixou dezenas de feridos e manifestantes presos pela polícia provincial no cruzamento entre as rodovias 9 e 52, no coração da Quebrada de Humahuaca.

Os cortes de rodovias se estenderam a toda a Província enquanto a greve dos docentes se fortaleceu ainda mais.

A crise aberta obrigou que o governo local convoque paritárias, negociações com as categorias, pela primeira vez numa década.

O contágio do descontentamento popular não se fez aguardar e já aconteceu na vizinha Província  de Salta, onde o governador kirchnerista Gustavo Saenz tinha aprovado uma medida similar para proibir os protestos sociais, com o apoio de todos os partidos políticos do regime.

O governo nacional, a burocracia da CGT, o kirchnerismo e o peronismo são cúmplices dos governadores e só pensam em mecanismo para manter a “governabilidade” pagando a dívida pública e continuar entregando o país a potências estrangeiras.

O fortalecimento dos protestos a partir dos professores de Jujuy, Salta e Tucumán pode fortalecer um ascenso de massas em escala nacional.

É preciso não somente acabar com a reforma constitucional, mas garantir salários e aposentadorias dignos além do juízo e castigo aos repressores. Rumo a uma greve geral nacional. 

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