A greve dos educadores do Rio de Janeiro tem durado tanto tempo porque as demandas não foram atendidas.
A Diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) diz que se o governo do Estado quer terminar a greve o quanto antes, basta que cumpra o pagamento do piso nacional dos professores, que é a reivindicação imediata.
O governo só tem respondido com o aumento da repressão, com o uso da Justiça que por meio do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), determinou no dia 21 de junho que a greve devia terminar, aplicando R$500 mil de multa ao Sindicato no caso de incumprimento.
A assembleia da Categoria votou a favor da continuidade da greve.
Por ser uma greve localizada num único estado, movida por uma demanda local, não tem força nacional, o que deixa a mobilização vulnerável às decisões judiciais que consideraram a greve ilegal.
Os educadores deviam ampliar as reivindicações e buscar a coordenação nacional dos professores para reivindicar a revogação da “reforma do ensino médio”, contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que vai tirar o piso constitucional da educação e contra o Fundeb dentro do teto de gastos, com o objetivo de trazer mais força para a mobilização e aumentar as chances no enfrentamento em contra do estado.