Bolsonaro coleciona crimes e infrações desde antes de ser eleito presidente, e portanto já poderia ter perdido seu mandato de deputado e ficado inelegível há muito tempo.
Durante o mandato presidencial também colecionou crimes de responsabilidade sem que nenhuma das “instituições funcionando” fizessem algo a respeito. A CPMI da Covid, assim como qualquer outra CPMI da história brasileira, acabou em pizza, e tem por função principal a manipulação da opinião pública por meio do circo midiático.
Importante lembrar que agora o STF (Supremo Tribunal Federal) está sendo aclamado pelas “esquerdas” institucionais como herói da nação, de onde virá a punição de Bolsonaro e sua claque.
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, a propaganda oficial diz que finalmente impediremos o perigo do avanço do fascismo no Brasil, como se uma verdadeira e real ameaça de fascismo respeitasse a lei ou as decisões do Judiciário para não dar golpes.
Quer dizer então que o fascismo tupiniquim é legalista e democrático? Seria risível se não fosse trágica a decadência política da “esquerda” institucional.
Outro ponto relevante que não se pode deixar de lembrar é que o “fascismo” brasileiro ou o “bolsonarismo” surge e se sustenta por meio da judicialização da política oficial. Isto é, por meio do sequestro das instituições pelo imperialismo para praticar os golpes com respaldo jurídico e aparência de legalidade e normalidade.
A Operação Lava-Jato mais viva do que nunca
Assim operou a Lava-Jato, que atualmente permanece viva por meio da Suprema Corte e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que, sob a batuta de “heróis” como Xandão (indicado por Michel Temer), arquivou o processo de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão diante de provas de caixa 2 para financiamento de disparos em massa pelo WhatsApp durante a campanha de 2018.
Ou seja, inúmeras oportunidades de punir Bolsonaro pelos seus crimes foram ignoradas, e agora o motivo para a caça às bruxas será uma crítica à segurança do sistema eleitoral? É censura, então? Ninguém mais poderá criticar o sistema eleitoral?
A Lava-Jato, que aparentemente foi desmantelada apenas porque se faz um teatro em cima do boi de piranha Dalagnol, continua firme e operante através do STF, que tem usado o mesmo sistema de Sérgio Moro ao atrair para si uma ampla competência para julgar tudo que é tema sujeito aos interesses do imperialismo.
Assim como o próprio STF reconheceu inicialmente a competência de Sérgio Moro naqueles julgamentos (anos depois considerada inadequada pela mesma Corte), também corroborou todas suas decisões de Curitiba, como negar habeas corpus a Lula, normalizar o vazamento dos grampos ilegais de Dilma ao Jornal Nacional em período de campanha eleitoral, bem como manter Lula preso e incomunicável com a imprensa em 2018 para que Bolsonaro vencesse, agora faz o mesmo teatro de perseguição para tornar Bolsonaro o mártir dos bolsominions, assim como outrora o “Lula Livre” era o mártir dos lulominions, reforçando o jogo de falsa polarização eleitoreira alimentada pela “cismogênese” das operações psicológicas, operando em pinça.
Enquanto os poderosos se envolvem em teatros políticos, é o povo que sofre as consequências. Por isso, é fundamental que permaneçamos unidos, conscientes de nosso papel na transformação da sociedade. Somente através da mobilização coletiva e da luta incansável por uma nação mais justa e equitativa, poderemos superar as artimanhas da política e alcançar uma realidade onde os trabalhadores sejam valorizados e respeitados.
A luta dos trabalhadores é a chave para construir um futuro melhor e mais justo para nossa sociedade.