A guerra na Ucrânia afeta a nossa «bonança»

A guerra na Ucrânia afeta a nossa «bonança»

A tragédia na #Ucrania é um tudo ou nada da burguesia para combater a pior crise capitalista de todas, por isso a sede implacável por roubar o máximo de recursos possível tanto da Europa, como dos Estados Unidos e do mundo.

A guerra na Ucrânia está atuando como um buraco negro em relação aos enormes recursos da Europa e dos Estados Unidos que está consumindo.

A poucos dias da reunião cume da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que aconteceu em Vilnius, capital da Lituânia, ficou estabelecida como política a continuidade da guerra a qualquer custo.

Finlandia aderiu à OTAN e a Suécia poderá fazê-lo nos próximos meses. A Ucrânia, apesar de não ter aderido, na prática, é tratada como tal, como a exceção do Artigo 5 que implica em que todos os membros devem entrar na guerra quando um dos seus membros for agredido ou estiver em guerra.

Os exércitos da Finlândia e da Suécia são muito pequenos, mas adicionados mais de 2.000 quilômetros de fronteiras comuns com a Rússia, que já aumentou o número de soldados de 350 mil para 1,5 milhão e meio, saindo dos BTGs para novas divisões e o trabalho 24x7x365 das suas indústrias militares.

O conflito principal é o que acontece entre a principal potência hegemônica, os Estados Unidos, e a sua principal ameaça, a principal potência emergente, a China.

Os Estados Unidos usam como principal saída para a sua maior crise histórica a guerra, apesar de que com essa política está afundando o seu maiores aliados, a Europa.

O ataque contra a Rússia é a antessala da verdadeira guerra que virá a seguir, contra a China.

A América Latina é considerada como o quintal traseiro dos Estados Unidos, desde a formulação da Doutrina Monroe em 1820. Hoje é apenas a sua retaguarda para avançar à guerra total.

Para grandes capitais europeus e norte-americanos, principalmente, é muito útil poder aumentar seus lucros no quintal dos Estados Unidos.

A maior crise capitalista de todos os tempos se desenvolve sem parar

Temporariamente, a inflação tem ficado mais ou menos controlada, apesar de  ainda atingir duramente até os “paraísos” nórdicos da Europa.

Na França, o custo dos alimentos aumentou mais de 20% desde o início da guerra na Ucrânia. Na Alemanha, onde a inflação oficial ainda supera os 6%, as pessoas conseguem chegar ao final de cada mês com a ajuda de títulos do governo. Na Inglaterra, o governo de Sunak se manifesta e o país «sobrevive» da especulação financeira do Citi London, enquanto as atividades produtivas entravam em sua maior crise histórica.

A Europa e os Estados Unidos direcionaram enormes volumes de recursos para a Ucrânia enquanto continuam a espremer fortemente seus trabalhadores. Os serviços públicos em qualquer cidade dos Estados Unidos estão em seu pior estado desde a Segunda Guerra Mundial.

A contra-ofensiva do Exército ucraniano acabou sendo um fiasco, abrindo a crista de concreto não apenas para o colapso do Exército, mas também para o colapso da Ucrânia em um futuro próximo. Um forte avanço do Exército russo contra Kiev poderia resultar na invasão do oeste da Ucrânia pela Polônia e Lituânia pelo oeste, o que também poderia levar a Bielorrússia a entrar na guerra, aproximando-nos ainda mais de uma nova guerra mundial, onde o componente nuclear seria bastante quente.

Um armistício ou solução semelhante também não seria muito encorajador. Os Estados Unidos e a Europa militarizariam ainda mais a Europa e principalmente os países do Leste Europeu, a começar pela Polônia em preparação para uma nova guerra de proporções ainda maiores contra as potências que ameaçam seu controle do mercado mundial, a China em primeiro lugar, a novamente em contra da Rússia que é a sua principal aliada.

A guerra aparece como a principal saída para a crise atual, que é catapultada para as alturas pela acumulação de volumes obscenos de capital fictício/especulativo.

Tanto a especulação financeira quanto a guerra são buracos negros capazes de sugar todos os recursos existentes e muito mais.

O mais normal para um governo mais ou menos independente seria ser o mais neutro possível, apesar da brutal pressão imperialista para nos fazer funcionar como seus serviçais.

O governo Lula/Alckmin no Brasil, assim como os novos governos de esquerda na região, como o governo Boric no Chile e o governo Petro na Colômbia, atuam de acordo com o roteiro do governo Biden, como seus agentes auxiliares.

Nossos países vivem uma certa bonança e estabilidade alimentada pelos volumes gigantescos de capitais andorinhas, os capitais especulativos que vieram à nossa região na busca de enormes lucros fáceis alimentados pelas maiores taxas de juros reais do Planeta.

Os trabalhadores e os povos do Brasil e da América Latina não podem deixar seu futuro e a saída da crise nas mãos dos agentes de seus principais inimigos. É preciso construir um pólo firmemente anti-imperialista capaz de levá-los à vitória. 

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