A subsecretária do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, está em Brasília desde o dia 19 de julho de 2023 até hoje, sexta-feira 21 de julho de 2023.
O que mais chama a atenção é que a grande imprensa brasileira não noticiou nada sobre essa visita.
De acordo com o com o comunicado oficial da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil:
“A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, Victoria Nuland, viaja para Brasília de 19 a 21 de julho. A subsecretária Nuland se reúne com o assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, e a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, além de outros oficiais do governo brasileiro para discutir prioridades globais e regionais comuns, incluindo a promoção dos valores democráticos e a cooperação no Conselho de Segurança da ONU, G20 e outros fóruns multilaterais.”
Quem é Victoria Nuland?
Victoria Nuland tem um currículo muito sólido em matéria de impulsionar a política agressiva do imperialismo norte-americano contra os povos do mundo.
Ela faz parte dos “Falções”, a ala mais direitista do governo.
Em 2014, Nuland cumpriu a missão de reorganizar e impulsionar os grupos neofascistas na Ucrânia, e em outros países, com US$ 4 bilhões, com o objetivo de derrubar o governo eleito.
O resultado foi o golpe de estado conhecido como Euromaidan de 2014, a imposição de um regime marionete dos Estados Unidos e a condução à presente guerra.
“Valores democráticos” para quem?
Para Nuland estar no Brasil de maneira quase secreta, com a cumplicidade dos setores golpistas de sempre, e com o silêncio do próprio governo, é evidente que algo contra o Brasil deve estar sendo imposto.
Considerando o destaque da reunião com o Assessor Especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, o mais provável é que a reunião se relacione com a próxima reunião dos BRICS que acontecerá no próximo mês na África do Sul.
O aperto em contra do Brasil deve ter como objetivo reduzir a margem de manobra do governo brasileiro em relação às políticas impulsionadas pela China e a Rússia, com o chamado “multilateralismo”.
Os Estados Unidos consideram a América Latina, desde a Doutrina Monroe, ou seja desde 1820, como o seu quintal traseiro.
No contexto atual isso implica em apertá-la para poder fortalecer a política da guerra como a principal saída para a maior crise capitalista de todos os tempos.
A política das classes dominantes e dos políticos oficiais brasileiros, de submissão ao imperialismo norte-americano, representa uma agressão à soberania nacional e, na prática, a atuação como capachos de potências estrangeiras.
O Brasil é o povo brasileiro!
Fora imperialismo do Brasil e da América Latina!