Quem matou Marielle Franco? Rumo ao «pacote da democracia»

Quem matou Marielle Franco? Rumo ao «pacote da democracia»

Finalmente "descobriram" quem matou Marielle Franco. Porém, ainda há muito mistério que ser respondido, saiba as principais perguntas...

Com muita pompa a imprensa golpista em peso, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) como a chamava o jornalista Paulo Henrique Amorim, anuncia que finalmente estaria para ser confirmada a autoria do assassinato da vereadora do PSOL-RJ Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018.

O ex-policial Elcio Queiroz fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para revelar novas informações. Ele teria sido o motorista do assassino, o ex-policial militar do Rio de Janeiro, Ronie Lessa.

A arma do crime teria sido desviada do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro, que posteriormente teria sido jogada ao mar.

Na segunda-feira 24 de julho, a Polícia Federal prendeu também o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, que teria participado dos “atos preparatórios” do homicídio.

O papel de Maxwell, junto com Queiroz, teria sido seguir Marielle para detectar a sua rotina.

Depois do assassinato, Maxwell teria ajudado os executores a trocar as placas do veículo e da fim no veículo.

Outros envolvidos no crime seriam Alessandra e João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como “Gato do Mato”, responsáveis por receberem e terem feito desaparecer as armas do crime.

Denis Lessa, o irmão de Ronnie Lessa, teria recebido os materiais usados no assassinato, tais como a arma, touca, casaco e silenciador.

O “Orelha”, Edilson Barbosa dos Santos, teria sido o responsável por receber o veículo para destruí-lo.

O “Jomarzinho”, Jomar Duarte Bittencourt, e o “Mauricinho”, Maurício da Conceição dos Santos, por vazarem informações e alertarem os responsáveis pelo crime.

08 pontos que chamam muito a atenção sobre a história oficial do crime

1. O mandante do crime teria sido um homem que já morreu, o Macale, Edimilson Oliveira da Silva, um sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que foi executado em novembro de 2021. Desta maneira, fica eliminada a possibilidade de chegar aos verdadeiros mandantes do crime.

2. O cumprimento da promessa de campanha de Lula de esclarecer o caso, vem junto com o lançamento do chamado “pacote de democracia” que é um endurecimento gravíssimo do Código Penal brasileiro, levando além a Lei de Segurança Nacional e a Lei Antiterrorista, aprovada durante o segundo governo Dilma, contra os movimentos sociais.

3. Por quê milicianos e mais especificamente a família Bolsonaro iriam se preocupar por uma vereadora que era praticamente desconhecida na época, ao ponto de ordenar o seu assassinato?

Ronnie Lessa morava no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, onde também Jair Bolsonaro tem casa, o que vincula diretamente a família Bolsonaro com as milícias, enquanto tem sido isentada do verdadeiro golpe em contra do povo brasileiro que foi a maior fraude eleitoral em 100 anos, em 2018, com o apoio dos mesmos golpistas que hoje o acusam.

4. Quem foi o grande beneficiário político do assassinato de Marielle Franco? Como o Psol fez para superar a cláusula de barreira em 2018, quando nem sequer o PCdoB, que tinha como governador do Maranhão o Dr. Flávio Dino, o conseguiu?

5. Por quê teria sido executada uma autoridade em período já extremamente conturbado: não apenas eleições se aproximavam como, com a intervenção federal, todos os refletores voltam-se, justamente, para o Rio de Janeiro – e para as falhas na sua política de segurança pública.

6. O que o assassinato de Marielle se relaciona com o contexto político da época quando a Segurança do Rio de Janeiro se encontrava sob intervenção militar federal? Como no combate ao Comando Vermelho, áreas de influência eram entregues ao PCC paulista?

7. Um dos fatos que chama a atenção no laudo de Exame de Necropsia de Anderson e Marielle é que Anderson foi atingido pelas costas, através da janela e do banco do carro, com projétil de arma de fogo padrão, totalmente encamisado: “parcialmente deformado na ponta, revestido de metal amarelo”.

Já no caso de Marielle, o mesmo laudo indica “projétil de arma de fogo, chumbo nu deformado”. Ou seja, um projétil parcialmente encamisado. I.e., não padrão.

Isso não indicaria que houveram dois tipos diferentes de munição e portanto que havia dois atiradores, ao contrario da versao oficial

8. Enfim, a quem beneficia e a quem prejudica? Que interesses podem estar por detrás da história oficial?

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