como se relaciona o golpe no Níger com o 1.8.2023 no Brasil?

como se relaciona o golpe no Níger com o 1.8.2023 no Brasil?

O que tem haver os acontecimentos no Niger com o Brasil? saiba aqui

O recente golpe militar no Níger foi promovido por uma oficialidade militar (principalmente de nível menor) em contra do neocolonialismo, com o apoio de potências que têm visto as suas contradições com as potências imperialistas escalarem, como tem acontecido com o governo russo liderado por Vladimir Putin.

Os acontecimentos no Níger deram sequência a acontecimentos que tinham acontecido na mesma linha em vários países vizinhos, como Burkina Faso, Mali e a República Centro-Africana.

Os regimes que surgiram a partir da luta anti-colonial e neocolonial nas décadas de 1950, 1960 e 1970 na África foram controlados e em grande medida cooptados pelas potências imperialistas a partir das políticas denominadas “neoliberais” a partir da década de 1980 e, principalmente, da queda da antiga União Soviética.

Os resultados têm sido brutais em contra da maioria das populações.

O Níger, por exemplo, é um país muito rico em recursos minerais, como ouro e urânio, que abastecem as necessidades e os interesses da União Europeia, e mais concretamente da França, em primeiro lugar.

Enquanto isso, as duas terceiras partes da população do Níger passam fome.

Com o aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos a partir do estouro capitalista de 2008, as contradições sociais têm se exacerbado, o que tem repercutido em todos os âmbitos da vida política e social. Os efeitos inevitáveis passam pela agudização da luta de classes.

E no Brasil?

Os acontecimentos de 8.1.2023 tiveram uma clara conotação de «fascismo nas ruas», e com um forte cheiro de dedo da CIA e da Embaixada dos nossos amigos do Norte para facilitar a «governabilidade» dos pupilos da «frente ampla».

A América Latina representa para a principal potência mundial, os Estados Unidos, o seu quintal traseiro, que deve ser controlado a ferro e fogo como a sua retaguarda estratégica enquanto avança nas suas políticas guerreiristas como a “saída” para a sua maior crise histórica.

O governo Lula/ Alckmin é o resultado da política do governo Biden para a região de substituir os governos direitistas desgastados por grandes revoltas populares, por governos “esquerdistas” hiper direitizados que têm dado continuidade às mesmas políticas dos governos direitistas anteriores.

No caso do governo da “frente ampla” no Brasil a evolução à direita é enorme. Não somente com os ministérios e políticas controlados por direitistas reconhecidos. Agora com a incorporação dos Republicanos e do PP ao governo, estão recebendo até ministérios de cunho social, o que revela a intrincada capitulação aos amos do Norte para manter a “governabilidade” deles.

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