Que pare a sabotagem do UAW na luta dos trabalhadores da indústria automobilística

Que pare a sabotagem do UAW na luta dos trabalhadores da indústria automobilística

Oposição à sabotagem da burocracia sindical da UAW ante a luta dos trabalhadores da insutría automobilística
Realizar reuniões de emergência nos locais de trabalho para exigir uma greve total!

Por Will Lehman wsws.org

Em resposta ao anúncio do presidente do UAW, Shawn Fain, na sexta-feira, de que apenas os centros de distribuição de peças GM e Stellantis entrarão em greve, o trabalhador da Mack Trucks, Will Lehman, emitiu a seguinte declaração.

Lehman foi candidato de base à presidência do UAW (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automobilística). Atualmente, ele está processando o Departamento [Ministério] do Trabalho pela privação de direitos em massa dos trabalhadores nas eleições de 2022 do UAW.

A burocracia sindical que controla o United Auto Workers (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automobilística)está a levar a cabo mais uma tentativa de enganar os trabalhadores. O presidente do UAW, Shawn Fain, anunciou em uma transmissão ao vivo no Facebook que os centros de distribuição de peças da General Motors e Stellantis entrarão em greve ao meio-dia de hoje [sábado 23.9.2023].

Sejamos claros sobre o que isso realmente significa: não terá impacto na produção. São armazéns de peças que enviam componentes para as concessionárias, não para fornecedores das Três Grandes.

Apenas mais 5.600 trabalhadores estão sendo convocados, menos de 4% dos trabalhadores das Três Grandes (GM, Ford e Stellantis, a controladora da Chrysler) do UAW. Noventa e sete por cento dos membros do UAW nas Três Grandes votaram pela entrada em greve, mas apenas 12 por cento do total foram convocados.

Fain e o UAW não estão convocando nenhuma fábrica de montagem ou de componentes, muito menos todos os membros das Três Grandes UAW, porque isso representaria um golpe imediato e poderoso para as empresas. O UAW também não denuncia que nenhum dos trabalhadores dos fornecedores de auto-peças trabalham com contratos que já expiraram, como acontece em Lear Hammond, onde os trabalhadores votaram contra três contratos, aprovados pelo UAW, nos últimos meses.

A política de “greve permanente” do UAW é uma fraude. O aparelho do UAW ordena à grande maioria dos seus membros que continuem a trabalhar e a produzir lucros para as empresas. Esta política é uma traição à vontade dos trabalhadores comuns e ao desejo de uma greve total em toda a indústria automóvel.

Fain e o UAW afirmam que há um “bom progresso” nas negociações com a Ford. Nenhum trabalhador deve acreditar nessa afirmação.

No Canadá, a burocracia sindical da Unifor anunciou um acordo com a Ford na noite de terça-feira e está tentando ocultá-lo dos seus membros até as reuniões de ratificação no sábado 23 de setembro. A Unifor está tentando forçar entregar a greve na Ford, e a burocracia do UAW fará o mesmo nos EUA quando achar que é o momento certo.

É hora das bases tomarem uma posição e acabarem com a sabotagem desta luta. Os trabalhadores das Três Grandes devem convocar reuniões de emergência nos seus locais de trabalho, a fim de discutir e adotar resoluções que exijam uma greve total em toda a indústria automobilística. Para coordenar isto e superar a resistência das burocracias sindicais, devem ser formados comités de base em cada fábrica e em cada armazém de depósito.

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