O surpreendente ataque palestino fulminante a Israel

O surpreendente ataque palestino fulminante a Israel

Conheça em detalhes os ataques de Palestina a Israel. Entenda os possíveis motivos do porque somente agora palestina "revidou" os ataques de Israel

Um grande ataque coordenado por várias forças palestinas contra Israel, lideradas pelo Hamas, a partir da Faixa de Gaza, com brigadas em solo, uso de drones e milhares de mísseis que atingiram várias cidades, atacou Israel na madrugada do sábado 7 de outubro de 2023.

Os palestinos derrubam as barreiras na fronteira com Israel

A Operação palestina, denominada Inundação de al-Aqsa, atingiu 14 distritos e 21 assentamentos dos territórios ocupados.

Ataques aos assentamentos israelenses

Foram atacados 50 quartéis gerais israelenses. Foi capturado o general Nimrod Aloni, comandante da Unidade Sul do Exército Israelense, que deveria liderar a unidade de operações especiais israelense atrás das linhas inimigas chamada “Forças Profundas”. A Brigada Nahal é uma das principais brigadas de infantaria das FDI, as Forças de Defesa de Israel.

Ashkelon e Sderot são cidades razoavelmente grandes onde moram muitos funcionários de alto escalão do estado sionista, o que evidentemente é muito valioso para a inteligência iraniana e de outros países aliados do Irã que estão em confronto aberto com os principais patrocinadores de Israel, os Estados Unidos.

Os palestinos capturaram uma base próxima à fronteira com Gaza:
Os palestinos controlaram o posto de controle fronteiriço de Erez:

O comandante da Brigada de Infantaria Nahal, coronel Yonatan Steinberg, foi morto esta manhã durante confrontos com combatentes do Hamas na área de Kerem Shalom.

Somente nos primeiros 20 minutos da operação foram lançados mais de 7.000 foguetes e mísseis. À noite, somente contra Tel Aviv, a capital de Israel, foram lançados mais de 250 mísseis.

Mísseis palestinos em direção a Israel

Muitas emboscadas com destruição de tanques israelenses ultramodernos, o Merkava IV.

O vídeo mostra quatro tanques Merkava capturados

E os drones da Resistência Palestina destroçando tanques israelíes

imagem de @QudsNen :Palestinos destruiram tanques Merkava IV, o mais moderno de Israel

Várias bases militares israelenses foram capturadas deixando muitos soldados mortos.

O ódio dos palestinos contra os ocupantes israelenses é enorme. Os soldados de um dos tanques Merkava destruídos foram arrastados. Além disso, os corpos dos soldados israelenses que morreram durante os tiroteios estão nas ruas.

Os combatentes da Resistência tiram o cadáver de um soldado da ocupação israelense do tanque “Merkava”

Destruição de uma importante quantidade de tanques e blindados.

Abundância de equipamentos especiais, como caminhonetes com lançadores de granadas, minas antitanque etc.

Os palestinos se infiltraram em vários assentamentos israelenses

Das 13 cidades israelense capturadas, em Ashkelon, as prisões foram abertas e a segunda usina termelétrica mais poderosa de Israel foi explodida, mais de 50 militares foram capturados, sem contar civis etc.

O edifício do Hospital Barzilai em Ashkelon foi danificado como resultado de um impacto direto.

Os palestinos usaram paragliders na infiltração

De acordo com o governo de Gaza, no sábado, somaram mais de 300 palestinos mortos e mais de 1700 feridos.

De acordo com o Ministério da Saúde de Israel, somam mais de 400 mortos e mais de 1600 israelenses feridos.

Fontes palestinas sugerem a captura de até 160 israelenses que estão em Gaza.

Israelenses civis capturados e levados a Gaza

Colonos israelenses sendo levados por combatentes palestinos para a Faixa de Gaza aos cânticos de allahu akbar («Deus é maior»).

Soldados israelenses foram baleados em quartéis e nas ruas: durante a captura de um tanque Merkava, a tripulação foi linchada.

Trás a operação devastadora “Tempestade de Al-Aqsa”, um grande número de colonos israelitas fogem dos territórios palestinianos ocupados em Al-Quds (Jerusalém) al-Aqsa

Colonos israelenses se escondem no lixão

A retaliação de Israel foi forte, com bombardeios indiscriminados e a promessa de atacar os militantes da Resistência Palestina até em outros países

Netanyahu declarou guerra e que buscará destituir o Hamas do controle da Faixa de Gaza.

Israel bloqueou Gaza por completo e cortou o fornecimento de eletricidade

Houveram manifestações pró palestinas em vários países

Na Turquia

https://twitter.com/QudsNen/status/1710726942675099715

Em Beirute, no Líbano,

https://twitter.com/NationalIndNews/status/1710721811669778712?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1710721811669778712%7Ctwgr%5E9046f94e3f65eff5e94c9ef1b2c1e2f4e99dd27d%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.hispantv.com%2Fnoticias%2Fpalestina%2F573065%2Fmusulmanes-marchar-operacion-palestina

Em Teerã

https://www.hispantv.com/noticias/politica/573051/iranies-solidarizan-palestinos-operacion-israel

No Iêmen

https://twitter.com/QudsNen/status/1710744321228444023

Em Nablus, na Cisjordânia

No bairro Ras al-Amud na Jerusalém ocupada

https://twitter.com/QudsNen/status/1710734531366367353 

E em vários outros países.

O balanço inicial desta guerra

A escalada dos ataques sionistas é o principal componente que detonou esta guerra, impondo crescentes perdas de territórios, o total isolamento de Gaza, ataques contra os locais sagrados islâmicos em Jerusalém e a perspectiva de desaparição dos palestinos por causa da política sionista do Grande Israel.

As tropas palestinas têm estado em contato estreito com as forças de segurança israelenses durante muitas horas, impedindo-as de se valerem de sua superioridade em poder de fogo, e a captura de numerosos reféns paralisa a Força Aérea Israelense, que não pode realizar ataques em Gaza com força total.

Esta Operação permitiu uma clara visão dos protocolos de resposta israelenses, a velocidade de mobilização, a real prontidão do exército e das estruturas de inteligência.

O grau de planejamento da Operação Inundação de al-Aqsa parece ter sido muito cuidadoso e sofisticado.

É a inteligência aérea e eletrônica iraniana o que ajuda a dirigir as tropas palestinas para as áreas mais vulneráveis ​​das defesas das forças de segurança israelenses.

As tecnologias modernas somente são capazes de mudar parcialmente as capacidades das forças irregulares e requer uma mudança fundamental na sua abordagem e estratégia organizacional, que é exatamente o que estamos vendo nessa operação.

As milícias palestinas fazem parte do apoio do Irã e não são as mesmas de 2014 com certeza.

Israel está batendo com força às milícias ligadas ao Irã na Síria, com bombardeios recorrentes.

Houve a coordenação dos vários grupos da resistência palestina no ataque território de um dos países mais militarizados do mundo, usando habilmente a surpresa, a velocidade e o pânico como cobertura por suas ações.

Aparentemente há um enorme trabalho realizado por especialistas militares qualificados e sofisticados, apoiados pelo Irã, que passaram muitos anos recolhendo e analisando informações, desenvolvendo planos, preparando meios militares e muitos outros aspectos que tornaram a atual operação uma realidade.

O alcance dos drones aumentou e a sua enorme quantidade saturou as defesas israelenses.

O Sistema de Informação e Controle foi muito sofisticado. O Mossad e Shin-Bet foram driblados.

Os enfrentamentos nos 21 assentamentos sionistas ainda estão ativos.

As forças palestinas não se fixam, atacam e saem. Efeito surpresa. O planejamento operacional é muito sofisticado.

Se trata de uma situação muito mais explosiva e com muitas mais perdas para Israel em poucas horas que as que teve em 1967 (Guerra dos Seis Dias), em 1973 (Guerra de Yom Kippur), em 1980 (ocupação do sul do Líbano) ou em 2006 no Líbano, quando Israel enfrentou a poderosa milícia libanesa, Hezbollah e foi derrotado.

O Hezbollah por enquanto se manifestou o apoio formal à Resistência, mas se houver ataque terrestre à Faixa de Gaza o declarou que entrará no conflito

As perspectivas desta guerra

A guerra Israel-Palestina se coloca no contexto da escalada da crise em toda a região.

O Oriente Médio aos 56 anos da Guerra dos Seis Dias parece dirigir-se a um confronto em larga escala.

Nestes dias, num colégio militar na Síria, houve um atentado promovido por Al-Nusra, antiga Al-Qaeda no país, que deixou mais de cem mortos e centenas de feridos. Isso gerou ataques retaliatórios do Exército Sírio em contra de grupos terroristas pró-turcos na província de Idlib.

Ao mesmo tempo, a Turquia ataca objetivos dentro da Síria e do Iraque.

Os prisioneiros israelenses serão usados como escudos humanos. E a doutrina militar israelense considera até sacrificar os reféns, o que implica em escalada

O Ministério da Defesa de Israel acusa o Irã e mobilizou 200 mil reservistas em vista de um confronto prolongado e a intervenção terrestre. Há grandes comboios de Merkava IV em direção a Gaza, reservistas até mulheres.

O Hezbollah já tem suas melhores unidades na Síria, o que poderia, em princípio, gerar um problema, além da desestabilização do Líbano devido à crise. Mas tudo pode mudar rapidamente.

Ao mesmo tempo, a política anunciada pelo governo Netanyahu de colocar em escombros toda Gaza para assim proceder à invasão terrestre gerará o grave problema do conflito assimétrico, minas, locais subterrâneos, drones, locais estreitos e uma guerra urbana de guerrilhas muito difícil e de longo prazo

O próprio Egito tinha feito obras de defesa em Gaza, que a controlava até a guerra dos Seis Dias. Depois os palestinos a sofisticaram.

Israel precisará do apoio dos EUA, o que implica em abrir uma segunda frente ao esforço de guerra atual direcionado à Ucrânia e a Taiwan.

O tráfico de armas provenientes da Ucrânia tem abastecido as milícias. Precisamos ver no caso de um bloqueio maior naval a capacidade de resposta.

Será uma guerra de desgaste no contexto de guerra psicológica e de sabotagem, que tem o potencial de minar ainda mais a reputação de Netanyahu, que já enfrenta uma forte oposição interna. Por isso está tentando gerar unidade nacional e com isso ganhar sobrevida.

Este início de uma nova guerra tende a criar uma forte instabilidade no Oriente Médio e pode-se irradiar para Síria, Líbano e outros países.

O que é certo é que a situação política do Oriente Médio irá se modificar.

O eixo desta Operação é muito midiático, visando ter frutos políticos. Em primeiro lugar, afastar a possibilidade de um acordo Israel-Arábia Saudita, que até se manifestou a favor dos palestinos.

A política do imperialismo norte-americano e dos sionistas israelenses depende da escalada desta guerra

O congelamento do conflito que propõe Egito é tão impossível quanto o aviso dos sionistas para a população civil, que são 2,2 milhões de pessoas, abandonar Gaza. Para onde iriam com o país bloqueado?

Somente poderiam ir ao Egito, cuja fronteira é fortemente controlada. Uma mudança da política do Egito em relação a Israel, provocada pela desestabilização palestina, poderia levar ao fim do estado sionista.

O conflito tem perspectiva longa

O conflito Israel-Palestina se enquadra no contexto do desenvolvimento da maior crise capitalista mundial de todos os tempos, onde as grandes potências visam livrar-se da crise por meio da guerra.

As potências regionais têm se visto obrigadas a fortalecer-se a partir do apoio a causas populares para fortalecer-se e assim poder enfrentar a crescente agressão imperialista, principalmente do imperialismo norte-americano.

Ao mesmo tempo, a crise tem tensionado todas as contradições do imperialismo e do capital, aprofundando a política do salve-se quem puder.

É evidente que o Irã está apoiando ativamente as milícias palestinas, além de todo o eixo da Resistência, que inclui o Hezbollah no Líbano, as milícias xiitas da Síria e do Iraque, assim como os Houthis no Iêmen.

Mas ainda precisaria ser bem analisado se o Irã age sozinho. Seria uma mera casualidade a recente visita do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigú a Teerã?

E o acordo de reconciliação entre Arábia Saudita e o Irã mediado pela China?

E o apoio dos russos (abertamente) e dos chineses (de maneira disfarçada) às juntas golpistas nacionalistas na África Ocidental?

Isso tudo poderia ter a ver com uma forma de abrir flancos na retaguarda e com aliados importantes do imperialismo?

Seria uma resposta à desestabilização provocada pelo imperialismo no Cáucaso, principalmente na Armênia, ou na tentativa de desestabilizar a Ásia Central?

Haveria a política de buscar desestabilizar o Egito e assim desestabilizar também Israel e obrigar às monarquias do Golfo Pérsico a distanciar-se de Israel, como está acontecendo parcialmente com a Arábia Saudita?

Os assuntos são complexos porque se tratam dos detalhes relacionados com a crise capitalista que a cada dia mais se direciona à guerra.

Além das contradições inter-burguesas o que mais chama a atenção é o começo da aparição em cena do peso pesado da política mundial, que é a classe operária, com importantes greves nos países centrais, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra.

O mundo se dirige a uma grande guerra mundial, que somente pode ser nuclear, mas também pode transformar-se na maior guerra civil de todos os tempos, entre a burguesia mundial, e os trabalhadores e os pobres oprimidos.

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