Brasil cada vez mais longe da estabilidade

Brasil cada vez mais longe da estabilidade

Déficit nas contas públicas, saiba como o governo Lula está administrando este processo.

O que significa o aumento do déficit nas contas públicas?

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram que o rombo nas contas públicas previsto para o 2023, aumentará de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões.

Esse rombo, que poderá aumentar ainda mais, é quase o dobro da expectativa do ministro Fernando Haddad em janeiro de 2023, que era de R$ 100 bilhões rumo a zerá-lo em 2024.

O governo Lula/ Alckmin desesperado para equilibrar a situação, em benefício dos grandes capitalistas, buscam aumentar a arrecadação.

De acordo com Rogério Ceron, o secretário do Tesouro, seriam dois os problemas, e que datam de 2017; R$ 80 bilhões da compensação de crédito do PIS/Confins por causa da exclusão do ICMS da base de cálculos dos impostos federais e R$ 46 bilhões da compensação da subvenção de custeio de ICMS.

O governo anunciou um novo bloqueio adicional dos gastos de 2023, por R$ 1,1 bilhão, que somado aos outros três bloqueios anteriores resultam em quase R$ 5 bilhões.

De essa maneira temos a economia cada vez mais travada e sustentada em cima da escalada da especulação financeira internacional.

Brasil, o maior paraíso do rentismo mundial

O Brasil é o país que paga as taxas mais altas aos especuladores financeiros por brincar com os papelzinhos da dívida pública, mais de 9% reais, descontando a inflação oficial. Somente se compara as taxas absurdas que a Argentina é obrigada a pagar para manter os seus próprios mecanismos especulativos ativos, ou, dito em outras palavras, por se manter dentro da comunidade internacional.

Os Estados Unidos, descontando a inflação oficial, pagam em torno a 1%.

Esses capitais especulativos são os mais podres da especulação financeira, os capitais andorinha, os mesmos que estão por detrás do novo presidente da Argentina Javier Milei.

Todas as medidas tomadas pelo governo Lula/Alckmin foram pautadas pela equipe de transição que foi chefiada pelos pais do Plano Real, Armínio Fraga, Pedro Malan e Pérsio Arida. O objetivo é justamente manter o Brasil como paraíso do rentismo, com os grandes capitalistas estrangeiros sugando até a nossa última gota de sangue.

As políticas adotadas na área econômica tinham como objetivo facilitar esse saque: Arcabouço Fiscal, Reforma Tributária, reforma do CARF.

O efeito colateral dessa política, que é cumprida com louvores pelo Bolsonarista presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é que os capitais andorinhas podem migrar devido ao aprofundamento da crise capitalista mundial, buscando refúgio nos países centrais. E quando o fizerem deixaram para trás um cadáver.

Os acontecimentos na Argentina são de enorme importância, até porque nos ajudarão a entender as perspectivas do Brasil para o próximo período.

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