Jornalistas uni-vos

Jornalistas uni-vos

Temos que nos conscientizar de que esses ataques não são apenas ameaças pessoais, mas também são ataques à liberdade de imprensa e ao direito à informação contrária ao que as grandes empresas opressoras de comunicação querem que seja veiculado. 

Por Natália Araújo

Partindo do princípio de que os jornalistas de luta desempenhamos um papel crucial na sociedade, fornecendo informações, responsabilizando os poderosos e dando voz aos marginalizados, precisamos entender que quando os jornalistas são atacados por fazer seu trabalho, a sociedade é afetada.

A liberdade de expressão é um direito fundamental protegido por constituições e tratados internacionais em todo o mundo. 

Este direito fundamental deveria permitir que indivíduos comuniquem suas opiniões e ideias sem medo de retaliação, censura ou sanção legal. 

Porém, esse direito está sendo cada vez mais desafiado nas redes sociais, onde jornalistas que expressam seu apoio à luta palestina e outras causas que defendem povos oprimidos pelo grande capital, estão enfrentando violentos ataques verbais e graves ameaças em suas redes sociais. 

Se você for uma jornalista mulher, acredite, as coisas pioram muito.

Temos que nos conscientizar de que esses ataques não são apenas ameaças pessoais, mas também são ataques à liberdade de imprensa e ao direito à informação contrária ao que as grandes empresas opressoras de comunicação querem que seja veiculado. 

Por meio do controle de opiniões de pessoas influentes e até tecnologias que difamam e divulgam “fake news”, criam um ambiente de medo e autocensura, onde os jornalistas podem se sentir relutantes em cobrir certos tópicos ou expressar certas opiniões. 

Muitos profissionais, estão doentes, deprimidos e até chegam a cometer suicídio por não encontrarem mais espaço e coragem para realizar seu trabalho, vivendo de bicos, desestruturados, inclusive financeiramente. 

Muitos se refugiam em vícios químicos o que determina o fim de brilhantes e necessárias carreiras no cenário mundial atual.

Portanto, é imperativo que defendamos os jornalistas desses ataques nas redes sociais. Existem várias maneiras de fazer isso e são possíveis desde o processo de educação de cidadãos.

A maioria das pessoas a quem a informação que contradiz o interesse hegemônico das grandes mídias não entende, ou não quer entender por causa dos interesses que defendem, o papel dos jornalistas ou a importância da liberdade de imprensa. 

Isso é feito propositalmente e devemos trazer esse debate de maneira primordial por meio da educação, onde podemos ajudar a construir uma apreciação pelo trabalho dos jornalistas de luta e pelo valor da liberdade de imprensa. 

Por exemplo, com 11 anos em sala de aula, de uma escola pública na cidade de São Paulo, 1994 por aí, minha professora de português se baseou somente em leitura e interpretação de textos em diversos tipos de jornais e revistas nos orientado uma frequente reflexão com nosso dia-a-dia. Iniciativas como essa transforma a realidade de formação de informação de um pequeno grupo de alunos

Devemos também chamar a atenção para esses ataques, que podem parecer individuais, mas que não o são, para que o público em geral e para que as autoridades entendam a gravidade e o aumento violento do problema.

As plataformas de redes sociais precisam ser responsabilizadas por ataques difamatórios, ameaçadores diretos em comentários singulares contra profissionais, através de políticas de moderação mais fortes para identificar e remover conteúdo abusivo ou ameaçador e que imediatamente possam ser usados como ferramenta de criminalização de seus pérfidos autores. 

A implementação de leis mais fortes podem ser necessárias para proteger os jornalistas de ameaças e ataques, já que somos alvo diariamente desta situação.

Os próprios jornalistas com ou sem ligações com as organizações de imprensa devem se unir para apoiar uns aos outros, compartilhando recursos e criando uma frente unida contra os ataques, principalmente quando falamos da defesa de mais de 100 profissionais assassinados no genocídio palestino, onde é absolutamente notado que somos alvos de suas máquinas de guerra que não querem que saiam as verdades diretamente da linha de frente onde bravos se sacrificam, literalmente pela causa e nobreza em ser jornalista.

São apenas ideias, mas temos que agir e garantir que a construção de uma sociedade igualitária assegure que jornalistas possam fazer seu trabalho sem medo de morrer, defender a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa para todos que se arriscam contra grandes opressores da comunicação.

No Brasil, neste exato momento, temos muitos casos de opressão e ataque a jornalistas que se opõem ao sionismo israelense assassino e que ousam, desafiam a grande imprensa ao denunciar os poderosos e conscientizar a população sobre o genocídio em Gaza.

Temos o caso do jornalista e editor do Canal e Blog Opera Mundi, judeu antisionista, Breno Altman que está sendo processado judicialmente, criminalmente, perseguido por um lobby canceroso.

Graças ao trabalho de Breno, tomamos conhecimento de seu tamanho em nosso país. Este também não escapa de ameaças e difamações criminosas em redes sociais.

Jornalistas que como eu divulgam vídeos e barbáries que acontecem a todo momento na Faixa de Gaza, que já assassinaram mais de 23 mil civis, dentre eles, 10 mil crianças através de bombardeamente diretamente em suas casas para promover sim um genocídio em prol de um expansão territorial e expulsão de toda uma civiliação milenar regional, fecham seus perfis pessoais, excluem suas informações das redes o quanto podem com medo real de crimes contra sí e os seus.

A brilhante jornalista Nathalia Urban, da TV247, vem sofrendo crescente violência em suas redes sociais. É nosso dever respaldá-la e reforçar suas denúncias bravamente pesquisadas e recebidas de amigos correspondentes, dos quais já perdeu ao menos dois deles, pelo que eu saiba, in loco, em Gaza.

Alguns exemplos:

“Patricinha antisemita estrupadora”, sobre a denúncia de fake news já apurada, de que uma mulher teria sido estuprada por forças defensivas palestinas.

“Essa aí não é a ex namorada do PC Siqueira? Se eu tivesse uma ex assim, faria o mesmo”. 

Difamando e zombando de sua vida particular por se manter resistente e exercer seu trabalho na TV247, no programa Bom Dia 247, o qual atualiza com alto nível ao lado de seus editores o cenário político internacional, por viver na Inglaterra, é uma importante fonte de informações globais que agrega e potencializa a luta da imprensa responsável e independente para nosso país e mundo.

“Esta mulher é um monstro, e ela arregala o olho porque confia na impunidade”, mais um comentário vexatório tanto para seu trabalho como para a desmoralização do judiciário brasileiro.

E mesmo em meio aos ataques e ameaças, nos fortalecemos, não temos escolha, somos de luta, somos jornalistas de luta.

COMPARTIR:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deja un comentario

Plataforma Latino Americana