A perseguição no Brasil: o caso do companheiro Pedro Batista. O Plano Condor 2.0 avança

A perseguição no Brasil: o caso do companheiro Pedro Batista. O Plano Condor 2.0 avança

O caso do companheiro Pedro é apenas o exemplo que foi tirado de 30 mil alvos “ilegais”da Abin.

No dia 14 de fevereiro de 2014, o jornal Metrópoles publicou uma matéria intitulada “Comunista e pró palestina, jornalista de Brasília foi alvo da Abin”.

O alvo da matéria é o ativista e militante Pedro César Batista que, além de ser militante da Coordenadoria Nuestra América, é um “comunista convicto e defensor da causa palestina”.

“A lista de alvos monitorados pela Abin com o programa espião israelense FirstMile é extensa”. 

Supostamente “uma parte deles nem a Polícia Federal, que investiga o uso clandestino do software, sabe ao certo por qual motivo estava sendo bisbilhotada.”

O que mais chama a atenção é que esse tipo de práticas que eram comuns na época da Ditadura não somente estão longe de ter acabado, mas estão mais presentes que nunca.

O caso do companheiro Pedro é apenas o exemplo que foi tirado de 30 mil alvos “ilegais”da Abin.

Mas e o que dizer sobre os pagodeiros “terroristas” que foram recentemente presos pela Polícia Federal, após viagem ao Líbano, acusados de serem “terroristas” sem absolutamente nenhuma prova, por ordem do ministro do STF [Supremo Tribunal Federal] Alexandre de Moraes e sob forte campanha da imprensa golpista?

E os dez “terroristas” que foram presos em 2016 antes da abertura das Olimpíadas, com direito a 14 minutos de cobertura no Jornal Nacional da Rede Globo? E as provas? Em quase todos os casos foi navegação na Internet ou Curtir páginas do Facebook ou ter escrito alguma bobagem no perfil do WhatsApp. Esses supostos recrutados para o Estado Islâmico tiveram condenas que variavam entre 15 e 5 anos.

E o caso do morador de rua Rafael Braga que em 2013 foi preso com uma garrafa de cândida durante as manifestações de junho e condenado a quase 5 anos de prisão por terrorismo?

Estamos perante o claro endurecimento do regime político há vários anos com o objetivo de conter o inevitável ascenso de massas colocado perante o claro aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos no Brasil e no mundo.

O imperialismo norte-americano impõe um Plano Condor 2.0, que é parte da Doutrina Monroe renovada para a América Latina que além de considerá-la como seu quintal traseiro a organiza como a sua retaguarda estratégica para ir à guerra como a sua saída para a crise.

Exigimos que o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva dê publicidade a todas as informações coletadas dos ativistas espionados pela ABIN.

No que nos diz respeito, quer se trate de um indivíduo, um partido, um exército ou uma escola, julgamos que a ausência de ataques do inimigo contra nós é mal sinal, porque significa, necessariamente que, de alguma maneira, estamos fazendo causa comum com o inimigo. 

Se somos atacados pelo inimigo,devemos encará-lo como um elogio, porque isto prova que traçamos uma linha de demarcação bem nítida, entre o inimigo e nós (…) isto prova não só que estabelecemos uma linha de demarcação nítida entre o inimigo e nós, mas ainda que conquistamos êxitos em nosso trabalho“. Mao Tsé-Tung  no artigo “Ser atacado pelo inimigo é uma boa e não má coisa”.

Pedro César Batista faz parte do exército de combatentes dos povos, que estão em luta contra o sionismo e o imperialismo. 

Os lutadores sociais sérios devemos nos opor a todo e cada abuso contra os poucos direitos democráticos que ainda existem porque amanhã o alvo podemos ser todos nós.

Fora imperialismo da América Latina!

Fim das forças repressivas a serviços dos opressores!

Abaixo as leis anti-terror e a perseguição aos lutadores sociais!

Liberdade para os 4.000 presos políticos que há na América Latina!

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