Lula e a farra com os lucros da Petrobras

Lula e a farra com os lucros da Petrobras

Somente em 2023 a Petrobras entregou a título de “remuneração aos acionistas”, isto é a grandes especuladores financeiros, R$120 bilhões

A imprensa oficial tem se embrenhado numa forte campanha sobre o “intervencionismo” de Lula nas empresas públicas, o que segundo a campanha teria significado perdas bilionárias e seria o motivo da queda de popularidade do governo segundo os institutos de pesquisas que são tutelados pelas mesmas classes dominantes que controlam a grande imprensa.

Lula tem reclamado das altas taxas de juros que o Brasil e da distribuição de lucros exorbitantes das empresas públicas, principalmente pela Petrobras, enquanto as condições de vida dos trabalhadores e do povo brasileiro decaem a velocidade assustadora.

Somente em 2023 a Petrobras entregou a título de “remuneração aos acionistas”, isto é a grandes especuladores financeiros, R$120 bilhões, ou várias vezes a mais que o valor irrisório pelo qual foi privatizada a Eletrobras em 2021 (e continua privatiza apesar das promessas demagógicas de campanha de Lula).

O Brasil é o campeão mundial do rentismo, pagando taxas de juros para os grandes especuladores com a ultra corrupta dívida pública por volta de 8% acima da inflação oficial.

Mas entendamos bem que Lula não elaborou nenhuma política nem tomou nenhuma medida para mudar a obscena capitulação do governo Lula-Alckmin aos grandes capitalistas estrangeiros. Apenas discursou a respeito.

A política econômica deste governo foi elaborada e imposta pelos pais do Plano Real, Armínio Fraga, Pérsio Arida e Pedro Malan, a partir da Equipe de Transição.

Ela representa um paraíso na Terra para as grandes empresas imperialistas e seus lacaios locais porque traz os lucros dos sonhos.

Ao mesmo tempo, o efeito colateral é o potencial desastre que fará parecer a Argentina atual um paraíso na comparação com o que acontecerá no Brasil.

A atual relativa estabilidade é uma estabilidade de quem está pendurado na brocha.

Em 2023, a equipe econômica atual deixou um déficit fiscal de R$235 bilhões, ou R$40 bilhões acima do que tinha deixado Bolsonaro no ano anterior, ou quase três vezes a mais do que tinha deixado Dilma Rousseff e foi a desculpa para o impeachment.

A fuga dos capitais andorinhas assim que a crise capitalista maior de todos os tempos implodir deixará para atrás um cadáver para quem aplicar a política imposta pelo imperialismo de ser parte da chamada “comunidade internacional”.

Com as condições de vida em franco deterioro, os trabalhadores e as massas deverão entrar em movimento. E é por essa razão que tanto os mecanismos repressivos assim como o movimento fascistas continuam mais ativos do que nunca.

O enfrentamento aberto entre as classes sociais antagônicas é inevitável e é esse o cenário para o qual os verdadeiros revolucionários devem olhar.

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