PRIMEIRA HORA DOS TRABALHADORES: A versão que ninguém quer que você veja

Boletim «Primeira Hora do Trabalhador» – Sexta-feira, 22/3/2024

Os problemas do Acordo Coletivo de 2023

As direções dos sindicatos e federações dos Correios têm realizado a propaganda de que o Acordo Coletivo teria recuperado 41 das 42 cláusulas que tinham sido retiradas no governo Bolsonaro.

Até o próprio presidente da Empresa, Fabiano Santos, chegou a falar publicamente nesse sentido.

Na realidade, essas novas 41 cláusulas inseridas no Acordo de Trabalho como resgatadas, não foram na sua totalidade as mesmas retiradas no governo Bolsonaro, que somavam um total de 79 cláusulas, das quais foram retiradas 42.

Não estão as cláusulas dos 70% das férias, do vale-peru no final do ano, do vale cultura, do APCM – Adicional de Periculosidade – Carteiro Motociclista.

Foi repetido mil vezes que o Plano de Saúde ia ter redução de custos e que isso ia aparecer no Acordo Coletivo.

Mas onde fala de Plano de Saúde não há nada que beneficie os trabalhadores. Quando muito uma mesa de negociação permanente.

A Ata que disse que validaria essa negociação não existe; não foi oficialmente assinada.

O que nos rege é o Acordo Coletivo assinado.

Os trabalhadores devemos ficar atentos agora que está se iniciando a nova campanha salarial.

Nós acabamos de ser mais uma vez enganados com os R$1.000 e os R$1.500 sobre os quais supostamente não haveria desconto.

💪 É hora de levantar, trabalhadores! 💪

Os patrões e os pelegos, lacaios dos capitalistas, estão espremendo nossas vidas e nossos empregos enquanto escapam de sua crise histórica. Já é o suficiente!

É hora de lutar por nossos empregos e nossas condições de vida. Não… pic.twitter.com/aLukr7Gr0W
— PLR América Latina (@PlrLatina) March 25, 2024

Sobre as assembleias chamadas pelos 36 sindicatos

Os 36 sindicatos que representam os trabalhadores, para o único patrão, a ECT (Empresa dos Correios e Telégrafos), estão chamando assembleias para decretar uma greve no início de abril por causa da retirada do ADC, o adicional pago aos carteiros motorizados.

O governo precisa promulgar uma nova portaria para que esse ADC possa ser reativado.

Mas isso nem nenhum benefício será conquistado sem luta.

É preciso organizar a luta pela base contra o sucateamento generalizado que acontece nos Correios com o objetivo de entregá-lo a troco de nada.

Os sindicatos devem organizar a luta nos locais de trabalho para que ninguém fique brincando com os trabalhadores.

Nós trabalhadores sabemos muito bem que não adianta ficar pedindo a deputado levar cartinha ao presidente da ECT. Isso é uma operação engana trouxa.

Devemos aproveitar o início da campanha salarial para ir para cima e lutar pelo que é nosso.

E quem estiver nos sindicatos em benefício próprio deve retirar-se imediatamente ou os trabalhadores devem retirá-lo pelos meios que acharem necessários.

A luta precisa ser realizada imediatamente e não uma vez por ano na campanha salarial.