A tragédia do Rio Grande do Sul, causada pelo atual e os anteriores governos

A tragédia do Rio Grande do Sul, causada pelo atual e os anteriores governos

A destruição e o descanso com o meio ambiente e a população é total. A tragédia é o resultado de 30 anos de desinvestimento, privatizações a troco de pinga e a passagem da boiada das leis ambientais contra o meio ambiente e o povo brasileiro.

A tragédia ambiental do Rio Grande do Sul tem como base, em primeiro lugar, o total sucateamento dos serviços públicos que pegou em cheio à Defesa Civil, fomentando a política extrativista depredadora por meio do chamado “agronegócio”, que fomenta o minifúndio hiper depredador, e da mineração hiper destrutiva.

A destruição e o descanso com o meio ambiente e a população é total. A tragédia é o resultado de 30 anos de desinvestimento, privatizações a troco de pinga e a passagem da boiada das leis ambientais contra o meio ambiente e o povo brasileiro.

Essa é uma política imposta pelos grandes capitais estrangeiros que além de massacrar o Brasil por meio desses mecanismos orientados à apropriação dos nossos recursos por meio da especulação financeira, na qual a hiper corrupta dívida pública cumpre um papel de especial facilitador, há a pressão para nivelar os trabalhadores e aposentados brasileiros tendo como base o Haiti.

Essa política vem há várias décadas. Os ataques realizados desde o governo Temer deram continuidade à agressividade dos governos FHC e têm sido mantidos pelo governo Lula-Alckmin e os principais governos estaduais e municipais que, no fundamental, são inimigos comprovados do Brasil.

A política da redução de investimentos públicos, da aplicação da chamada «Responsabilidade Fiscal”, do “Arcabouço Fiscal” ou a recente “Reforma Tributária” têm como objetivo facilitar o saque do Brasil que hoje é o paraíso mundial do rentismo, pagando taxas de juros para os grandes especuladores financeiros internacionais especularem com a nossa corrupta dívida pública seis vezes acima do que os Estados Unidos pagam.

Pela Lei da Responsabilidade Fiscal, mesmo nas piores catástrofes o pagamento da corrupta dívida pública que consome quase um segundo Orçamento Público Federal, continua sendo a prioridade absoluta.

As medidas do governo Lula-Alckmin

As medidas anunciadas pelo governo Lula-Alckmin que direcionam recursos principalmente para empresas e bancos, enquanto não fornecem um auxílio emergencial direto para as pessoas afetadas pelas enchentes, levantam preocupações óbvias sobre a distribuição justa e eficaz dos recursos de reconstrução.

Aos R$50,9 bilhões já liberados somaram-se a liberação de um empréstimo por R$12 bilhões, o que evidentemente está longe das necessidades, considerando que cidades inteiras foram arrasadas.

A sociedade civil e as organizações de base precisam pressionar por medidas que atendam às necessidades imediatas das pessoas afetadas, incluindo o fornecimento de abrigo, alimentos, água potável e assistência médica, além de apoio financeiro direto para ajudar na reconstrução de suas vidas e meios de subsistência.

A transparência e a prestação de contas são fundamentais para garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficaz e minimamente ética, e que as comunidades mais afetadas sejam adequadamente apoiadas durante esse período de recuperação.

Muitos gestores políticos estão envolvidos nesse esquema corrupto, beneficiando-se pessoalmente dos contratos superfaturados, o que é uma demonstração clara da falência moral e ética do regime atual.

A proposta de expropriação das grandes empresas capitalistas e colocá-las sob o controle dos trabalhadores organizados reflete a necessidade de uma transformação radical nas estruturas de poder e na propriedade dos meios de produção. 

Além disso, a criação de conselhos do povo trabalhador eleitos democraticamente para controlar a distribuição de ajuda e recursos é uma medida concreta para garantir que esses recursos cheguem às mãos daqueles que mais precisam.

A tragédia no Rio Grande do Sul é um exemplo gritante das injustiças e desigualdades geradas pelo sistema capitalista, e é urgente a luta pela justiça social e pela emancipação dos trabalhadores.

A grave situação do povo gaúcho aponta o futuro de todos os brasileiros

O impacto das chuvas e enchentes na região metropolitana de Porto Alegre, assim como no interior do estado, é devastador e afeta milhares de vidas.

A continuidade das chuvas e ventos intensos só agrava a situação, mantendo o nível do Guaíba acima do normal e dificultando os esforços de socorro e reconstrução. A falta de acesso à água potável, alimentos e energia elétrica é especialmente preocupante, colocando em risco a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas. 

O prognóstico de que as chuvas e ventos continuarão por semanas só agrava a situação, mantendo o nível do Rio Guaíba elevado e dificultando os esforços de resgate e recuperação. A falta de acesso à água potável, alimentos e energia elétrica é especialmente preocupante, colocando em risco a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas.

A ajuda das autoridades para fornecer assistência emergencial às comunidades atingidas, incluindo o fornecimento de água potável, alimentos, abrigo e cuidados médicos, é insuficiente. Além disso, medidas de segurança devem ser implementadas para proteger a população de possíveis riscos à saúde decorrentes da contaminação da água e da falta de eletricidade.

Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que desastres naturais como este estão frequentemente relacionados às mudanças climáticas e à degradação ambiental provocadas pela mega depredação capitalista.

A solidariedade e a união da população em momentos de crise são aspectos positivos que devem ser valorizados e incentivados. É essencial que todos os setores da sociedade se unam para enfrentar essa crise e trabalhar juntos na reconstrução e na construção de comunidades mais resilientes e preparadas para lidar com futuros desafios.

O colapso da Defesa Civil por falta de investimentos

O atual contexto político, marcado pela entrega total da soberania e dos recursos do Brasil, e pela priorização de interesses econômicos de potências estrangeiras em detrimento da sustentabilidade ambiental e do bem-estar da população, contribuiu para agravar a situação. 

A privatização de empresas estatais, a flexibilização das regulamentações ambientais e as políticas de austeridade fiscal enfraqueceram a capacidade do Estado de lidar com os desafios climáticos e de proteger os cidadãos.

A atuação da empresa privada CEEE Equatorial, de energia elétrica, é um exemplo claro de como a busca pelo lucro pode colocar em risco a segurança e o bem-estar da população, com o uso depredador das centrais de energia, os altos preços que caem como um imposto sobre a população, impossibilitada até de questionar, e agora deixando boa parte dos gaúchos sem energia elétrica.

A reestatização das empresas privatizadas emerge como uma medida necessária para garantir a eficiência e a confiabilidade dos serviços públicos, especialmente em setores críticos como o fornecimento de energia elétrica durante desastres naturais. Restaurar o controle estatal sobre essas empresas é fundamental para priorizar o interesse público sobre os interesses privados.

O governo entreguista encabeçado por Eduardo Leite destinou para a Defesa Civil apenas R$50 mil em 2024, sob a rubrica número 8095, para «equipamentos necessários para atuação preventiva e de resposta em situações de emergência». 

Outros seis projetos envolvendo o Fundo Estadual de Defesa Civil, além de ações catalogadas em outras secretarias como a da Segurança (a maioria referente ao Corpo de Bombeiros), do Meio Ambiente e na Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), que conta com R$9,1 milhões para «gerir projetos, estudos de alternativas e concepções de obras para prevenção de cheias na Região Metropolitana de Porto Alegre”.

Para a «atuação da Defesa Civil Estadual» foram destinados R$2,5 milhões. O Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres contou com R$10 mil. 

Para um radar meteorológico foram destinados R$7 milhões.

A necessidade de investimentos significativos na reconstrução e prevenção de desastres é urgente e inegável. No entanto, esses investimentos devem ser acompanhados por mudanças estruturais na política econômica e fiscal, visando promover a sustentabilidade e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

Além da reconstrução das áreas afetadas, é essencial realizar adaptações para enfrentar futuros eventos climáticos extremos. Isso inclui a realocação de comunidades de áreas vulneráveis e a implementação de medidas de mitigação e adaptação em todo o país.

A solidariedade demonstrada pela população em meio à tragédia é um ponto positivo em um cenário de desolação. No entanto, é crucial enfrentar os desafios impostos pelo negacionismo climático e pelos interesses econômicos que colocam em risco o futuro do planeta e de suas populações.

O Brasil, como um dos principais emissores de gases de efeito estufa devido ao agronegócio e outras atividades industriais, precisa urgentemente repensar seu modelo de desenvolvimento e adotar políticas que promovam a sustentabilidade ambiental e o bem-estar de todos os seus cidadãos.

O Rio Grande do Sul no contexto mundial das tragédias ambientais

As recentes ocorrências de eventos climáticos extremos ao redor do mundo, promovidos pelo capitalismo cada vez mais depredador, destacam a urgência de lidar com os impactos das mudanças mostrou que a geografia vulnerável do Rio Grande do Sul, combinada com as políticas ambientais totalmente negligentes, a serviço dos abutres capitalistas, contribuiu para a gravidade da situação. 

A falta de investimento adequado em sistemas de alerta e prevenção, juntamente com as flexibilizações nas regulamentações ambientais para favorecer negócios de alto impacto, exacerbou os efeitos das enchentes.

O governo de Eduardo Leite, ao priorizar interesses do chamado «agronegócio» em detrimento da preservação ambiental e a proteção da população, desempenhou um papel significativo nesse cenário. 

A ausência de um plano de contingência para lidar com situações de emergência como essa é ainda mais alarmante, pois expõe a população a perigos desnecessários.

A suspensão do pagamento pelo Tribunal de Contas do Estado de compensações ambientais a empresários, em detrimento da segurança pública, é um passo na direção certa, mas é essencial que haja uma investigação completa e transparente sobre as decisões que levaram a essa situação. 

As autoridades municipais também devem ser responsabilizadas e é fundamental que medidas sejam tomadas para garantir que algo assim não aconteça novamente no futuro. A segurança e o bem-estar dos cidadãos devem sempre ser a principal prioridade.

As políticas que promoveram a expansão de atividades de alta destruição ambiental, como a criação de gado semiconfinado e a construção de barragens em Áreas de Preservação Permanente, demonstram uma falta de compromisso com a sustentabilidade e a segurança da população.

É preciso investir em infraestrutura resiliente, fortalecer os sistemas de alerta e prevenção de desastres e adotar políticas que promovam a sustentabilidade ambiental e o bem-estar da população, o que obviamente é incompatível com as políticas oficiais aplicadas pelo regime político oficial brasileiro cada vez mais esmagado pelas garras do imperialismo, principalmente pelo dono da América Latina, os Estados Unidos.

A combinação da catástrofe climática com a catástrofe social gerada pela escalada da depredação capitalista levou à conhecida socióloga canadense Naomi Klein a cunhar o termo «Capitalismo do Desastre», após o Furacão Katrina devastar Nova Orleans em 2005.

Antes do desastre causado pelo furacão, a cidade já havia passado por uma terapia de «choque neoliberal», deixando seu sistema de diques em estado precário e os serviços de alerta e socorro negligenciados devido a cortes orçamentários.

O Papa p “neoliberalismo» chegou a declarar que «a tragédia também é uma oportunidade». O governo concedeu contratos às empresas privadas para lidar com o socorro às vítimas, muitas das quais já estavam envolvidas em operações militares no Iraque. Empresas como a Blackwater, conhecida por seu papel na guerra e posteriormente contratada para lidar com a «contenção» da população revoltada, receberam bilhões em contratos.

Na época, a Fundação Heritage, um bastião da extrema direita, apresentou propostas que incluíam a suspensão de leis salariais e a transformação das áreas afetadas em zonas de livre empresa, isentas de impostos. Essas medidas foram rapidamente implementadas pelo governo, demonstrando como as crises são frequentemente aproveitadas para impor agendas neoliberais e fortalecer interesses corporativos.

A reconstrução deve atender os trabalhadores e os povo, e não aos capitalistas

É fundamental que a população do Rio Grande do Sul e do Brasil esteja vigilante e participativa durante o processo de reconstrução, garantindo que os interesses do povo sejam priorizados.

Além da mera restauração das áreas afetadas, é essencial enfrentar os desafios futuros decorrentes provocados pelo capitalismo decadente e depredador. Isso inclui medidas preventivas e de adaptação, bem como a promoção de práticas sustentáveis e a proteção do meio ambiente.

A participação ativa dos trabalhadores e trabalhadoras afetados, juntamente com especialistas e ativistas comprometidos, é fundamental para garantir que os planos de reconstrução atendam às necessidades reais da população e não sirvam apenas aos interesses dos poderosos.

A transparência e a prestação de contas no uso dos recursos são aspectos-chave para evitar a corrupção e garantir que os fundos sejam direcionados de forma eficaz e equitativa. 

O controle por comitês representativos dos afetados é uma maneira importante de garantir que as decisões sejam tomadas de maneira democrática e inclusiva.

Por fim, fortalecer as iniciativas de solidariedade e organizar-se para resistir aos interesses capitalistas são passos essenciais para proteger os direitos e o bem-estar da população durante o processo de reconstrução.

Os gaúchos e circo do cavalo Caramelo

Quanto ao resgate do cavalo Caramelo em Canoas, é interessante considerar sua dimensão simbólica como um possível sinal de esperança em meio à tragédia. Eventos como esse podem oferecer um alento e inspirar uma visão positiva para o futuro, desde que sejam interpretados de forma significativa e reflexiva. 

O cavalo crioulo é importante na cultura e identidade do povo gaúcho. A ligação entre o gaúcho e o cavalo vai além de uma simples relação homem-animal; é uma conexão profundamente enraizada na história, na geografia e nos valores do Rio Grande do Sul.

O cavalo crioulo não é apenas um meio de transporte ou uma ferramenta de trabalho para os gaúchos, mas sim um símbolo vivo da resistência, da liberdade e da força do povo gaúcho. Sua presença nas vastas planícies do pampa, ao lado do gaúcho, é uma imagem icônica que ecoa através dos séculos.

O problema é quando o governo e a imprensa golpista tornam esse resgate num circo para desviar a atenção da população do desastre em que se encontra o Brasil, com os serviços públicos totalmente sucateados e com o grosso das riquezas nacionais sendo direcionadas para os grandes capitalistas estrangeiros pelos meios mais parasitários possíveis.

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