Brasil, o país da miséria: 62 milhões na extrema pobreza!

Brasil, o país da miséria: 62 milhões na extrema pobreza!

Segundo dados oficiais, a cada 10 brasileiros, aproximadamente três vivem abaixo da linha da pobreza em condição de extrema pobreza. Mas, como se mede a pobreza? A coisa pode ser pior do que aparenta

Como se não fosse suficiente com ver a cara da pobreza no nosso dia a dia, nas ruas cheias de barracas com famílias inteiras dentro, com crianças nos semáforos sendo “empreendedores”, vendendo balinhas ou garrafas de água mais quentes que os seus estômagos vazios. 

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) traz novamente alguns dados para demostrar a cara deste sistema que supostamente é o mais “democrático” e o mais “humano”. 

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/condicoes-de-vida-desigualdade-e-pobreza/9221-sintese-de-indicadores-sociais.html?=&t=resultados

Somente entre 2020 e 2021, o número de pessoas vivendo em situação miséria, ou seja, pessoas que não dispõem de dinheiro sequer para adquirir uma quantidade mínima de alimentos e outras coisas essenciais à mera sobrevivência, teve um salto de quase 50% no país. No mesmo período, três entre cada dez brasileiros passaram a viver abaixo da linha da pobreza.

O Brasil nunca havia registrado um avanço tão grande da pobreza e, sobretudo, da extrema pobreza

  • 62,5 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza 
  • 7,9 milhões eram extremamente pobres

Mas temos que ver isto aqui com muito cuidado, já que primeiro devemos saber como definem a extrema pobreza.

Para o Banco Mundial, são extremamente pobres as famílias que dispõem de menos de US$ 1,90 por dia para sobreviver.

Já as famílias classificadas como pobres são aquelas que têm menos de US$ 5,50 por dia para garantir a sobrevivência de todos os que vivem na mesma residência, o que equivale a uma renda mensal per capita de R$ 486.

Ou seja, extremadamente pobres são os que tem só R$ 168 por mês. Na realidade, com R$ 168 por mês ou com R$ 486 não se pode pagar contas, alugar, não da para garantir a comida para uma família. O que é classificado como “pobreza” deveria ser classificado como “extrema pobreza” e a “pobreza” deveria ir a partir dos R$ 486 até R$5.657,66, pois conforme o que mostrou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, o salário ideal (mínimo) seria de R$ 5.657,66.

Dessa forma, a situação é muito pior do que dizem as pesquisas oficiais, e a tendência é piorar ainda mais. A crise capitalista se aprofunda cada vez mais e os governos têm cada vez menor capacidade de manobrar; por isso, continuaram retirando direitos, diminuindo salários e planos sociais o que só gerará ainda mais pobreza e miséria no nosso país.

A saída da crise e o fim da pobreza no Brasil, passa por um grande programa de obras públicas, pelo fim da especulação financeira em todos os níveis, pelo rompimento com os mecanismos impostos pelo imperialismo, por investimentos adequados em educação e saúde públicas.

Nada disso é do interesse das classes dominantes. Por tanto é necessária a organização dos trabalhadores e dos setores oprimidos da população de maneira independente do regime oficial para defender as bandeiras de luta e seu próprio interesse.

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