O brutal aperto rentista sobre o Brasil e a América Latina

O brutal aperto rentista sobre o Brasil e a América Latina

O imperialismo norte-americano busca controlar a América Latina, provocando crise na região. Essa política é a tentativa de avançar em sua guerra como resposta à maior crise histórica do sistema.

O aumento do rentismo no Brasil é escandaloso. O objetivo é aumentar a transferência de recursos principalmente aos Estados Unidos.

O objetivo imposto ao Brasil, que está sendo operacionalizado pelo governo Lula/ Alckmin, é a aprovação da Reforma Tributária, do Arcabouço Fiscal e do Projeto de Lei que altera as regras de funcionamento do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

A propaganda do governo Lula/ Alckmin para nos apresentar esse escarnio entreguista como algo positivo é obscena e conta com o apoio entusiasta de toda a imprensa burguesa, as câmaras empresariais, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a Justiça; enfim, dos mesmos golpistas de sempre.

A estabilidade relativa do Brasil está baseada em capitais andorinha que aplicam na maior rentabilidade especulativa mundial atual, nos títulos da dívida pública. O aprofundamento da crise capitalista mundial levará inevitavelmente à saída desses capitais do Brasil. O rei ficará nu e a bancarrota dos anos de 1980 parecerá um jogo de crianças.

A mesma situação se repete em toda a América Latina.

Na Argentina, o imperialismo impõe como condição para o FMI (Fundo Monetário Nacional) liberar recursos para manter o país na “Comunidade Internacional”, pagando a ultra corrupta dívida pública que já foi paga dezenas de vezes, uma certa estabilidade política com o objetivo de aplicar um forte ataque contra os trabalhadores e as massas já no início do novo governo que será eleito neste ano.

No Chile, o entreguismo dos recursos naturais aumentou com o governo Boric, que é uma continuidade do governo Piñera. A dependência especulativa é cada vez maior num país que depende das exportações do cobre para funcionar, que hoje representam em torno a 54% do total.

O México depende umbilicalmente dos Estados Unidos, tanto por causa das remessas dos imigrantes como do turismo. Isso sem contar que 80% das exportações, que incluem os produtos das manufaturas, têm como destino justamente o país vizinho.

América Central é um conjunto de países pequenos que depende integralmente das remessas dos imigrantes e das bases militares norte-americanas. Guatemala é o único país medianamente industrializado na região.

Na Colômbia de Gustavo Petro, as estruturas do principal estado narco-paramilitar continuam firmes e fortes como o tem sido nos últimos 35 anos. A estabilidade promovida pela exportação de 80% da cocaína mundial, controlada pela CIA e a DEA, sofre com o acirramento das contradições sociais, principalmente no campo.

Os países andinos vão sobrevivendo. As reservas soberanas da Bolívia se encontram próximas ao fundo do poço, como acontece na Argentina. A crise no Equador ainda não tem uma saída no horizonte, da mesma maneira que acontece com o governo de Dina Baluarte no Peru.

Por detrás da crise na América Latina, se encontra a política do dono da região, o imperialismo norte-americano que busca apertar o controle do seu quintal traseiro para poder avançar no seu esforço de guerra como a principal saída para a sua maior crise histórica.

O aperto inevitavelmente conduz a levantes populares e a revoluções que as classes dominantes tentam conter por meio da repressão.

O enfrentamento aberto entre os trabalhadores e a burguesia mundial, a cada dia aparece mais clara no horizonte.

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