De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a economia brasileira cresceu no terceiro trimestre de 2023, apenas 0,1%.
Os investimentos (Formação Bruta de Capital) caíram 2,5% trimestral e 6,8% anual para um 16,6% do PIB.
As exportações aumentaram em 3% e as importações caíram 2,1%.
O consumo aumentou 1,1% e o do governo aumentou 0,5%.
A indústria continuou em depressão e, ao igual que os serviços, cresceu 0,6%.
O “agronegócio” cresceu 8,8% no ano. A safra, no primeiro semestre, foi recorde e houve uma grande produção na pecuária.
Desta maneira, o Brasil está voltando cada vez mais à época da Colônia, dependente de um punhado de matérias primas agrícolas e pecuárias para manter o país na “comunidade internacional”, ou seja, sendo sangrado pelos mecanismos especulativos imperialistas.
Junto com a depressão industrial, há a taxa de juros muito alta e os investimentos em queda que geram uma escalada do desemprego.
De acordo com o IBGE, no terceiro trimestre, havia 20 milhões de trabalhadores desempregados que continuam na busca por uma vaga há mais de três meses; isso sem contar os desempregados/as que já desistiram de procurar; ou subocupados etc.
A economia se manteve mais ou menos sobrevivendo porque houve os quase R$ 200 bilhões liberados pela chamada PEC da Transição, que permitiu um certo investimento público.
E o ainda mais grave. O Brasil é o campeão mundial do rentismo e sobrevive atraindo os capitais andorinhas, os mais podres da especulação financeira, pagando-lhes as taxas de juros mais altas do Planeta para eles ficarem brincando com a dívida pública.
A perspectiva para o Brasil e a América Latina é de um aumento da espoliação porque o imperialismo precisa salvar-se da sua maior crise histórica, razão pela qual tem aumentado a sua política guerrerista.
Os trabalhadores e o povo brasileiro, assim como todos os povos latino-americanos só podem sair desta crise enfrentando os seus opressores, a começar pelo dono da América Latina e o maior inimigo dos povos do mundo.
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