Um Primeiro de Maio de luta contra o capital

Um Primeiro de Maio de luta contra o capital

A crise está levando também a uma crise dos setores médios da população e até de alguns setores da burguesia no Brasil. 

A comemoração do Primeiro de Maio, o Dia Internacional da Luta dos Trabalhadores, tem como referência os eventos que aconteceram no ano de 1886 quando os operários da cidade de Chicago, por meio de grandes mobilizações, conseguiram traduzir a jornada de trabalho, além de outros ganhos em relação à melhoria das condições de trabalho para as crianças e as mulheres.

Sempre na história mundial, as condições de trabalho da classe operária têm melhorado em cima de muitas lutas e sempre em cima de banhos de sangue. Em 1886, 10 trabalhadores foram condenados à morte pela polícia após uma provocação e em cima de acusações a respeito das quais os condenados foram posteriormente inocentados.

No Brasil, o aprofundamento da crise capitalista atual está levando a uma situação muito similar aos acontecimentos de 1886. 

Trata da maior crise capitalista mundial da história que agora está atingindo em cheio o Brasil. 

A burguesia busca repassar o peso da crise para os trabalhadores e aperta o regime político.

O imperialismo impõe aprimorar o seu aparato reacionário por meio do endurecimento das leis e o aperfeiçoamento das forças repressivas, ao mesmo tempo que mantém na manga as hordas fascistas que usou nas manifestações de 2013 e que posteriormente as transmutou em bolsonaristas.

Se trata de uma crise estrutural. 

A burguesia está impossibilitada de resolver os grandes problemas sociais que somente estão aumentando devido ao grau de parasitismo terminal do sistema capitalista mundial. 

A crise está levando também a uma crise dos setores médios da população e até de alguns setores da burguesia no Brasil. 

Os lucros estão despencando enquanto a rapina imperialista aumenta. 

Os capitalistas encontram crescentes dificuldades para extraírem lucros a partir da produção. Por esse motivo, o grande capital avança com crescente violência contra os trabalhadores, contra os estudantes, contra os camponeses, as mulheres e os negros. 

Pela canalização revolucionária da mobilização das massas

A burocracia tenta apresentar o Primeiro de Maio como um feriado, com os trabalhadores ficando em casa e não indo para as ruas.

A burocracia sindical, encabeçada pela CUT, a burocracia dos movimentos sociais, encabeçados pelo MST, a UNE e o outros, e a burocracia política, encabeçada pelo PT, têm se integrado abertamente ao regime político. 

O governo atual da «frente ampla» foi imposto pelo imperialismo norte-americano para consolidar os ataques do governo Bolsonaro e continuar avançando na direção do aumento da rapina como medidas para enfrentar a maior crise capitalista de todos os tempos.

O papel atribuído ao PT, além de gerir o estado das classes dominantes da mão dos seus representantes mais fiéis e provados, é a tentativa de canalizar a energia revolucionária das massas para o Parlamento e as eleições. 

A burocracia política, dos sindicatos e dos movimentos sociais está preocupada com os próprios cargos e os próprios privilégios. Ela é uma camada parasitária contra-revolucionária que contém as lutas dos trabalhadores.

Os crescentes ataques do grande capital estão colocando os trabalhadores em movimento em grande parte do mundo. 

Na Europa e nos Estados Unidos estamos vendo as maiores greves das últimas quatro décadas.

Os movimentos de solidariedade com o povo palestino relembram o ascenso de massas desatado a partir da ofensiva Tet que aconteceu no Vietnã em 1968.

A classe operária começa a acordar no Brasil e no mundo. A burguesia encontra dificuldades cada vez maiores para controlar a situação. 

O descontentamento da classe operária e das massas precisa ser transformado em energia revolucionária e direcionado para a tomada do poder. 

O papel dos revolucionários marxistas em primeiro lugar, passa pela luta pela construção de um partido operário revolucionário. 

Em cima dessa construção, para o próximo período, as políticas devem ser direcionadas para a mobilização de grandes massas, milhões de trabalhadores. É preciso lutar pela Unidade dos Trabalhadores contra os ataques do grande capital e pela construção da unidade dos trabalhadores na luta.

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