A burguesia e o governo Biden têm aumentado a campanha a favor de Lula/ Alckmin, tanto de maneira aberta quanto de maneira semi-camuflada como o faz a Rede Globo.
A questão das urnas eletrônicas é um dos componentes dessa campanha, na qual agora tudo o que Bolsonaro diz deve ser combatido como “ataques contra a democracia”.
Assim, na reunião que aconteceu no Palácio da Alvorada com vários embaixadores, Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas, dando lugar à escalada de uma nova campanha não somente contra Bolsonaro, mas também em defesa das urnas eletrônicas. Dela participam não somente a direita. Também participou o Partido dos Trabalhadores, que nestas eleições seria um dos favorecidos do circo eleitoral.
Como parte da campanha haveria a “defesa da democracia” contra “as acusações infundadas sobre a segurança e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro” e as críticas contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O próprio ministro Edson Fachin, presidente do TSE, chegou a pedir um “basta à desinformação e ao populismo autoritário”.
O Procurador Geral da República, Augusto Aras, disse que não aceita a «alegação de fraude nas eleições».
Vários figurões do primeiro escalão do governo Biden têm visitado o Brasil para «convencer» a Bolsonaro a não falar das urnas eletrônicas e a enquadrar a atuação no cenário da vitória de Lula-Alckmin.
Lula e seu provado vice direitista ex governador do Estado de São Paulo durante quatro mandatos, Geraldo Alckmin, representariam a “democracia” e Bolsonaro, assim como todos os que denunciam a fraude monumental das urnas eletrônicas, seria golpista.
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O que está por detrás da crise?
Quem é o verdadeiro golpista?
O imperialismo norte-americano tem apertado muito o Brasil desde 2016 por causa da necessidade de aumentar o saque do país e de toda América Latina.
Desde o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, a escalada do aperto político tem ficado cada vez mais evidente.
Uma série de leis ultra reacionárias se encontram em andamento no Congresso.
As eleições de 2018 representaram a maior fraude eleitoral em 100 anos e acabaram com a vitória do Bolsonarismo.
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26 pontos da fraude que levaram à “vitória” do Bolsonarismo em 2018
O Bolsonarismo representou não somente a vitória de Jair Bolsonaro à Presidência da República, numa tramoia orquestrada a partir do imperialismo norte-americano, da qual o PT foi uma das marionetes.
Mas além da vitória de Jair Bolsonaro, houve a vitória dos bolsonaristas nos principais estados da Federação e em ambas câmaras no Congresso Nacional. Desta maneira o massacre contra o povo brasileiro que vinha sendo imposto pela Operação Lava-Jato continuou a todo vapor.
Agora o mesmo circo eleitoral está sendo imposto e direcionado para a vitória de Lula-Alckmin à Presidência, mas da direita, ou pelo menos da “esquerda” integrada ao regime mais direitizada, tanto nos governos estaduais mais importantes como no Congresso. Ou seja, trata-se de uma operação para continuar esmagando os trabalhadores brasileiros.
É evidente que nenhuma luta contra o imperialismo norte-americano será nem sequer contemplada pelo futuro governo Lula-Alckmin. No melhor dos casos poderão haver alguns programas sociais, muitos mais fracos que os dos governos Lula porque agora a crise é muito pior.
No fundamental, o saque do Brasil deverá aumentar a menos que haja uma reação do movimento de massas. Isto tende a acontecer conforme a crise capitalista continuar avançando. E o nosso papel como revolucionários é justamente nos orientarmos com todas as nossas energias para organizá-lo.
1 comentario en «Todos “menos Bolsonaro” a favor das urnas eletrônicas?»