O principal porta-voz da Rede Globo, Merval Pereira, escreveu na coluna do dia 18.10.2022: “Dificilmente Bolsonaro conseguirá virar o jogo, mas ele se solidifica como líder da direita no Brasil”.
O tom da matéria mostra o plano do imperialismo norte-americano para o Brasil que já ficou desenhado no primeiro turno das eleições.
O Bolsonarismo e a extrema direita controlam os governos dos principais estados, o Congresso e o Judiciário.
A direita tradicional junto com a esquerda burguesa e pequeno-burguesa, muito direitizadas, se agrupam na “frente ampla”, ficam como a oposição consentida enquanto a extrema direita bate com força para impor a política de rapina do imperialismo norte-americano, que vive a sua maior crise de todos os tempos e busca uma saída por meio da guerra. Para isso, precisa ter o seu quintal traseiro pacificado. O papel de Lula é ser a cara agradável e “democrática” para uma parte importante da população, de um governo totalmente controlado pelos setores mais recalcitrantes da extrema direita.
O problema que aparece para esse plano é a enorme debilidade dessa “frente ampla” burguesa que aparentemente não é páreo para a truculência do Bolsonarismo, conforme ficou muito evidente no debate na Rede Bandeirantes do dia 16.10.2022.
A “frente ampla” não representa nenhuma contenção ao Bolsonarismo, mas um mecanismo para manter os trabalhadores e os povos de manos amarradas.
Para a burguesia sempre há a possibilidade de todos os tipos de manipulações para impor os seus interesses.
Para os trabalhadores e os setores oprimidos do povo brasileiro só resta lutar ou morrer de fome. Essas alternativas vão ficando mais claras conforme avança incontível a maior crise capitalista de todos os tempos, que é o principal combustível que irá por em movimento as massas, conforme já podemos vê-lo na Europa.