Déficit fiscal histórico do governo brasileiro: por quê?

Déficit fiscal histórico do governo brasileiro: por quê?

De acordo com o informe divulgado pelo Tesouro Nacional, o Governo Federal fechou 2023 com o segundo maior déficit desde 1997.

O chamado déficit primário, que não considera o pagamento dos juros da ultra corrupta dívida pública, ficou em R$ 230,5 bilhões ou 2,1% do PIB.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o mais tucano dos petistas segundo Lula, tinha prometido um déficit de 1% do PIB em 2023.

Em 2020 o déficit fiscal tinha sido de mais de R$ 900 bilhões por causa da paralisia econômica provocada pela “pandemia”.

Quando no segundo governo Dilma, em 2016, foram impostas a metas fiscais após terem sido feito cortes enormes no orçamento, para os programas sociais, o teto foi estabelecido em pouco mais de R$ 70 bilhões.

Depois da imposição do Arcabouço Fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu zerar o déficit fiscal já em 2024.

Considerando que a última meta declarada pelo governo para 2023 estipula um déficit de pouco mais de R$213 bilhões, temos um estouro adicional de quase R$17 bilhões. Isso apesar de que o Ministério do Planejamento, liderado pela direitista Simone Tebet, tinha previsto um déficit de R$ 177,4 bilhões no último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

O governo Lula aceitando as pedaladas do governo Bolsonaro

O pagamento dos precatórios antecipado, que são dívidas judiciais que o governo deve pagar, foi de R$ 92,3 bilhões. A isso somou-se a compensação a Estados e municípios pelas perdas com o ICMS, o que teria significado mais de R$138 bilhões.

Mas por quê esses pagamentos foram antecipados?

Por meio da chamada “PEC do Calote”, o governo Bolsonaro “pedalou” esses pagamentos para 2026 para evitar o pagamento de R$98 bilhões em 2022, em plena campanha eleitoral.

Com esse truque, o bolsonarismo conseguiu injetar um volume de recursos importante na economia, que levou a impor de lavada um monte de direitistas no Congresso Nacional à frente dos principais estados.

Por quê o governo Lula-Alckmin nem sequer questionou nada?

Ainda mais considerando que o golpe parlamentar de 2016 contra a presidente Dilma teve como eixo as pedaladas.

O atual governo da frente amplíssima está tão controlado que é tão inimigo do Brasil como o bolsonarismo e em alguns casos ainda pior. Começando pelo próprio Geraldo Alckmin que aplicou uma política de terra arrasada no Estado de São Paulo durante quatro governos.

A manobra foi coordenada diretamente pelos Estados Unidos como parte do Plano Condor 2.0 que é um dos componentes centrais da sua Doutrina Monroe renovada para ir ao uma guerra mundial nuclear, como saída para a sua maior crise histórica, e usar a América Latina não somente como quintal traseiro, mas também como retaguarda militar estratégica.

Com o golpe de estado fake de 8.1.2023, uma boa parte dos direitistas eleitos pelo bolsonarismo passaram a fazer parte da base do governo Lula-Alckmin ou a colaborar estreitamente com ele.

Foi assim que aprovaram o Arcabouço Fiscal, a Reforma Tributária e do CARF, além de várias outras leis que tem o objetivo favorecer os abutres capitalistas mais podres, os capitais andorinhas, que vêm ao Brasil atraídos pelas maiores taxas de juros pagas pelo rentismo mundial ultrapodre.

Ainda falta por ver o que acontecerá quando esses capitais andorinhas fugirem do Brasil e da América Latina.A Argentina dá uma pista do que acontecerá. O “efeito Tango” é só questão de tempo.

COMPARTIR:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deja un comentario

Plataforma Latino Americana