A reforma tributária venceu de lavada, com ajuda da «esquerda»

A reforma tributária venceu de lavada, com ajuda da «esquerda»

A aprovação de lavada da Reforma Trabalhista mostra quem está contra o povo brasileiro: todo o sistema político oficial

A Reforma Tributária foi aprovada a toque de caixa, sem nenhuma discussão importante, de lavada.

Foram 382 votos a favor, 118 contrários e três abstenções na primeira volta. Na segunda volta, foram 375 votos a favor, 113 contrários e três abstenções.

Com essa vitória acachapante, o grosso do Bolsonarismo passou a ser parte da base do governo Lula/ Alckmin nos ataques frontais contra o povo brasileiro.

A imprensa oficial PIG (Partido da Imprensa Golpista) e satélite foi ao delírio.

A política das classes dominantes deu o resultado esperado. Elas permitiram e incentivaram a vitória avassaladora do Bolsonarismo no primeiro turno das eleições presidenciais do ano passado, mas com a tentativa de golpe de estado fake do dia 8.1.2023, transferiram uma boa parte dessa base de extrema direita, do Congresso e dos governos dos estados e municípios, para o governo da “frente ampla” direitista de Lula/ Alckmin.

O caso do atual governador do Estado de São Paulo, Tarcísio, foi emblemático. De crítico ferrenho da Reforma Trabalhista, se converteu num ferrenho defensor, apesar dos efeitos desastrosos para a autonomia dos estados e municípios da Federação, com o objetivo de melhorar as suas chances de liderar a nova extrema direita domesticada, no lugar de Jair Bolsonaro. 

A Reforma Tributária representa um dos principais componentes, impostos pelo imperialismo norte-americano, com o objetivo de aumentar o saque do Brasil por meio do “rentismo”, enquanto avançam as políticas de guerra como saída à maior crise capitalista de todos os tempos, devido à impossibilidade atual de nos impor uma nova política estrutural como saída, como fizeram na década de 1980 com o chamado “neoliberalismo”.

O saque financeiro parasitário é operacionalizado fundamentalmente por meio da ultra-corrupta dívida pública.

Várias imposições do governo Lula/ Alckmin têm como objetivo ainda acelerar esses mecanismos, no maior ataque à soberania nacional desde FHC: Reforma Tributária, Arcabouço Fiscal, reforma do Carf.

A “esquerda” institucional à direita da extrema direita

Votaram em contra da Reforma Tributária principalmente setores da direita com ligações mais próximas com Jair Bolsonaro, concretamente deputados do Partido Liberal.

Os partidos da “esquerda” institucional votaram em peso a favor da Reforma Trabalhista. Somente houveram três votos de Abstenção, do Psol, dentre eles o do Deputado Glauber Braga.

O presidente Lula fez ativa campanha a favor da aprovação da Reforma Tributária, da mesma forma que o tem feito a favor do Arcabouço Fiscal e da Lei das Fake News. Todo o PT atuou da mesma maneira.

O líder do Psol na Câmara, Guilherme Boulos, também a defendeu ativamente, apesar de anteriormente ter se manifestado contra.

Mais uma vez, Bolsonaro foi usado como ferramenta para polarizar a entrega do Brasil, identificando com o bolsonarismo o que mais ou menos defende o Brasil.

O governo atual é de fazer inveja até a Paulo Guedes. Estão sendo aprovados ataques muito violentos contra o Brasil, o que no governo anterior provocaria escândalos.

O Brasil oficial depende dos juros mais altos do Planeta para manter uma certa estabilidade com os capitais especulativos. 

Quando estes capitais migrarem para o “porto seguro” dos países centrais, deixaram para trás os ossinhos do Brasil e da América Latina.

Mas e os efeitos colaterais?

Tudo na vida tem efeitos colaterais. Com a obscena direitização da “esquerda” institucional, das direções dos principais sindicatos e das demais organizações de massas, o colchão social de controle dos trabalhadores fica ainda mais destruído do que já estava.

Num ascenso de massas, a única política real de contenção será a força das baionetas. Por essa razão, retiraram o bolsonarismo de cena, como movimento fascista de massas, para fazê-lo voltar contra os trabalhadores no próximo período, com outra roupagem.

Conforme a maior crise capitalista mundial da história avança a passos largos, cada vez fica mais claro que está posto o enfrentamento aberto entre os trabalhadores e a burguesia mundial.

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