A crise terminal da «esquerda» institucional não é nossa

A crise terminal da «esquerda» institucional não é nossa

A final cade a esquerda revolucionaria no cenário político brasileiro?

Os partidos políticos da “esquerda” institucional enfrentam uma crise terminal.

As bases de massas desapareceram, assim como a militância dos movimentos de trabalhadores. Sobraram direções oportunistas e funcionários assalariados a serviço dos oportunistas.

O PT entrou em total direitização e se converteu em parte do braço direito do governo Biden no Brasil, defendendo integralmente a sua agenda política.

O governo da “frente ampla” fortaleceu ainda mais a ala direita do PT, a Mensagem ao Partido, à qual as demais alas se submeteram.

O PCdoB faz tempo que caiu com mala e cuia nos braços da direita.

O PSOL é o símbolo do identitarismo que é um dos componentes centrais da agressão imperialista por meio do Partido Democrata com o objetivo de manter o movimento de massas dividido. A direitização é enorme.

A burocracia sindical se transformou em agente cartorial do regime, nos moldes dos pelegos que atuam como agentes da Ditadura, só que desta vez como farsa.

A burocracia dos principais movimentos sociais se encontra muito desgastada após a completa integração ao estado a partir dos governos Lula.

A esquerda satélite do PT simplesmente segue a política do governo ultradireitizado e está condenada à morte, assim como todos os demais.

A tentativa de canalizar eventuais dissidências pela esquerda por meio dos mecanismos institucionais fracassaram na Conferência dos Comitês de Luta impulsionada pelo PCO nos dias 10 e 11 de junho, e na paralisação convocada pela “esquerda otanista”, liderada pelo PSTU no Rio de Janeiro.

Os pequenos grupos da esquerda que ficam a reboque das várias alas da “esquerda” institucional também estão desligados das massas e contaminados pela política pequeno-burguesa.

É evidente que todas as alas da “esquerda” atual estão condenadas. No próximo ascenso de massas, deverão desaparecer. Não esqueçamos que partidos operários gigantescos como o PCB, desapareceram após a capitulação ao governo de João Goulart e mais especificamente ao golpe de estado de 1964.

Cadê a esquerda revolucionária?

A esquerda revolucionária está formada por pequenos agrupamentos, com escassa ligação com o movimento de massas, mas que colocam como condição da sua existência ligar-se ao movimento de massas para construir pólos de enfrentamento ao sistema atual.

Neste momento, somos poucos e temos pouca força.

Mas o nosso “espinafre” é o ascenso de massas. É nesse momento que nós crescemos e nos fortalecemos.

Não temos o objetivo de crescer como grupos orgânicos em si mesmos, mas como agrupamentos de vanguardas que têm como tarefa histórica levar a consciência política aos trabalhadores e às massas em luta, desde fora, conforme o orientou o líder da Revolução Russa, Vladimir Ilich Lenin.

Para estarmos à altura dessa tarefa, a primeira tarefa é levantar o Programa Revolucionário, que foi jogado no lixo pela “esquerda” institucional há tempos.

O Programa deve ser decantado no movimento de massas por meio da Plataforma de Luta, que contém as bandeiras de luta capaz de jogar o peso da crise sobre as costas dos opressores.

A Plataforma deve ser apresentada aos trabalhadores e aos oprimidos por meio de políticas concretas que permitam que eles façam a sua própria experiência a partir das suas necessidades e lutas concretas.

Para cumprir essa missão, precisamos ter princípios da Ética Revolucionária muito elevados, que nos permitam estar à altura da nossa missão histórica.

COMPARTIR:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deja un comentario

Plataforma Latino Americana