Em assembleia realizada hoje (31/03) pela categoria metroviária de Minas Gerais, os trabalhadores e trabalhadoras aprovaram a proposta para assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022-2023 e recusaram a condição da empresa de interrupção da greve dos trabalhadores para assinar o Acordo.
Os trabalhadores mineiros entenderam como chantagem da empresa esse condicionamento e afirmaram que a greve em Minas Gerais não tem nada a ver com reajuste salarial ou qualquer outra melhoria ou manutenção do ACT, mas que se trata de uma mobilização que tem por objetivo a garantia de emprego para os trabalhadores, tal como foi estabelecido desde que cada um fez o concurso para ingressar na CBTU.
Os metroviários e metroviárias de Minas Gerais reafirmam seu compromisso em prestar o serviço com toda dedicação para que a população possa usufruir de um transporte público de qualidade e que a greve, apesar dos transtornos, foi a única forma que encontraram, depois de tantas tentativas de negociar com o governo, inclusive com a intermediação da Justiça, para forçar o governo a negociar um plano que garanta os empregos dos trabalhadores caso a empresa venha a ser privatizada.
A diretoria do SINDIMETRO-MG diese que alguns meios de comunicação estão distorcendo o sentido da luta dos trabalhadores e trabalhadoras do metrô de Minas Gerais. E que uma greve, em qualquer seguimento da classe trabalhadora, causa transtorno para a sociedade como um todo, para os empresários e principalmente para a classe trabalhadora.
Mas não foi de pijama em casa que os trabalhadores brasileiros e no mundo conseguiram os direitos garantidos em lei. Houve durante a história, até mesmo mártires que morreram lutando para que a sua geração e as gerações futuras pudessem ter melhores condições de trabalho e de vida.
Estes meios de comunicação que procuram deturpar qualquer luta dos trabalhadores e do povo pobre, na verdade estão a serviço dos interesses de grandes empresários nacionais e internacionais e não se incomodam em nada de ver o povo morrer de fome. Sequer importam que havia em Belo Horizonte uma passagem de R$1,80 e que de repente foi para R$4,50 privando milhares de ir e vir através do metrô porque não podem pagar um valor tão alto.
A greve continua! A luta continua e como disse um companheiro na assembleia “nós não vamos perder de 7 a 0”!
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— PLR América Latina (@PlrLatina) April 1, 2022
Os metroviários estão na luta contra a lógica do lucro a qualquer preço. Por isso decidiram entrar em greve, como último recurso para defender o seu ganha-pão e o direito das pessoas irem e virem.https://t.co/YXkQgtJIWL pic.twitter.com/wEYbGHMdLW



