A última guerra híbrida no Brasil está sendo travada por forças supostamente pró-Lula

A última guerra híbrida no Brasil está sendo travada por forças supostamente pró-Lula

O PT foi sequestrado pela direita dos EUA. Mas, ainda cabe a missão de controlar as bases de um partido que está direitizado. E adivinha, todos os partidos institucionais estão nesse "joguinho".

Por Andrew Korybko

Apresentação inicial de Primera Linea Revolucionaria

A matéria de Andrew Korybko tem como mérito o fato de mostrar a evolução à direita do PT a partir da luta entre a ala lulista e a ala mais de direita, até ter ficado refém e agente aberto do imperialismo norte-americano na Administração Joe Biden.

Sobre a “primeira guerra híbrida” para tirar o PT do governo, Korybko menciona corretamente o papel da Operação Lava Jato como tendo sido gerada pelos Estados Unidos.

Aqui caberia sermos mais contundentes e citar que a ala direita do PT, o chamado Grupo Mensagem ao Partido, trabalhou ativamente com a Lava Jato e a Justiça, principalmente o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Ministério Público para efetivar o golpe contra o governo do PT, principalmente com figurões como o ex ministro da Justiça de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo.

Era um processo que vinha desde anos atrás, com essa ala controlando recorrentemente o Ministério da Justiça.

A “segunda guerra híbrida contra o PT” seria a atual onde Andrew Korybko coloca a política exterior como a evidência do alinhamento do governo Lula com o imperialismo norte-americano.

Korybko denuncia a propaganda demagógica do PT e seus satélites sobre que a política exterior reacionária supostamente seria porque Lula estaria jogando um Xadrês 5D a favor da Rússia.

Essa operação orquestrada pela Direção do PT está direcionada contra o povo brasileiro.

Um dos mais ativos nessa propaganda é o PCO por meio do seu principal dirigente, Rui Costa Pimenta.

O objetivo é evitar rachas pela base do PT devido à política cada vez mais reacionária imposta pela Direção, identificado o “Novo Lula” com o “Antigo Lula”, para o qual se valem da campanha contra o Bolsonarismo.

Ao mesmo tempo, o objetivo é que a ala direita controle o novo PT direitizado e com as bases que sobrarem controladas.

O processo mencionado vem de longa data.

O PT foi a ala esquerda de FHC, quem, por causa do controle das massas por meio da CUT (Central Única dos Trabalhadores), do MST (Movimento Sem Terra) e da UNE (União Central dos Estudantes) principalmente, conseguiu aplicar um duro golpe contra o Brasil, aplicando as chamadas “políticas neoliberais”.

A vitória eleitoral de Lula em 2002 foi uma espécie de passagem de bastão do PSDB.

Todas as medidas de FHC foram mantidas e para conter o movimento de massas Lula comprou mais de 150 mil sindicalistas com cargos de chefia e ainda corrompeu os principais movimentos sociais com dinheiro que jorrava desde os ministérios.

Toda uma série de leis reacionárias foram aprovadas pelos governos do PT depois da crise de 2009.

A Lei da Ficha Limpa foi aprovada por Lula em 2010 e em 2018 foi aplicada contra ele mesmo.

Depois vieram a Lei das Organizações Criminosas, com a Lei das Delações Premiadas, e a Lei Anti-terror, dentre outras, que levaram ao fechamento do regime, ao golpe parlamentar contra Dilma e à imposição do Bolsonarismo em 2018 que representou a maior fraude eleitoral em 100 anos.

Agora temos que o governo Lula/ Alckmin foi imposto pelos mesmos golpistas de 2018 que apoiaram intensamente a chapa depois de Alckmin (o ex-governador por quatro mandatos do Estado de São Paulo) ter entrado como vice.

A política econômica do atual governo foi imposta pela “equipe de transição” que foi encabeçada pelos pais do Plano Real (Pérsio Arida, Pedro Malan e Armínio Fraga), os mesmos que em 1993 duplicaram a dívida externa brasileira num final de semana, em Luxemburgo.

Daí vieram os recursos para “vender” meio Brasil ainda a troco de nada e a base do maior escândalo de corrupção no Brasil, o Escândalo do Banestado.

Isso foi explicado em “O Doleiro” a primeira série web brasileira, boicotada por toda a “esquerda” oficial.

Tudo isso é silenciado pelo regime, desde a extrema direita até à “extrema esquerda” oficial.

No Ministério da Justiça atual, temos o irmão gêmeo de José Eduardo Cardozo, o Sr. Flávio Dino, o mesmo que lhe entregou a Base de Alcântara aos Estados Unidos.

Ele foi uma das peças da armação do 8.1.2023 para derrotar o Bolsonarismo  e permitir a governabilidade do governo Lula/ Alckmin.

Segundo o PCO este governo ultra reacionário seria mais progressista que o primeiro e o segundo governos Lula.

Na realidade, este é um governo tucano semi disfarçado, imposto pelo imperialismo norte-americano para nos massacrar, pois enfrenta a maior crise da sua história.

Boa leitura!

Com a palavra Andrew Korybko

A segunda Guerra Híbrida no Brasil é, na verdade, o resultado de uma luta não declarada pelo poder intra-petista iniciada por partidários do “Novo Lula” contra a base partidária do Partido que ainda pensa que ele é o “Velho Lula”, cujo resultado será determinar a trajetória do Brasil na Nova Guerra Fria.

Ele continuará se movendo em uma direção alinhada com os Estados Unidos em meio à trifurcação iminente das Relações Internacionais ou se recalibrará mais perto da Entente Sino-Russo e/ou do Sul Global.

Esclarecendo o significado da guerra híbrida

A primeira Guerra Híbrida no Brasil foi travada pelos oponentes do presidente Lula para realizar uma mudança de regime contra seu Partido dos Trabalhadores (PT), o que torna a última Guerra Híbrida no Brasil ainda mais intrigante por estar sendo travada por supostamente militantes pró-Lula para fins de reforço do regime.

Antes de prosseguir, cabe um esclarecimento sobre a terminologia anterior, a fim de evitar qualquer mal-entendido sobre a maneira como o atual estado de coisas está sendo descrito.

O que se entende por Guerra Híbrida é a manipulação não convencional dos processos sócio-políticos de um estado-alvo, a fim de promover a agenda dos praticantes.

No que diz respeito à palavra “regime” nos termos “mudança de regime” e “reforço do regime”, isso simplesmente se refere ao governo e não está sendo empregado da maneira que os propagandistas ocidentais o armaram para deslegitimar as autoridades.

Com isso em mente, a observação de haver duas Guerras Híbridas no Brasil faz mais sentido.

A primeira e segunda guerras híbridas no Brasil

A primeira foi orquestrada pelos Estados Unidos por meio da “Operação Lava Jato” para remover o PT por meio de um golpe pós-moderno impulsionado pelo lawfare como punição por sua política externa comparativamente muito mais multipolar na época.

A segunda, no entanto, está sendo travada na prerrogativa independente de forças supostamente pró-Lula, a fim de manipular as percepções entre a base do PT sobre a política externa comparativamente muito mais alinhada com os Estados Unidos, de Lula durante seu terceiro mandato, a fim de evitar dissidências internas preventivamente.

A primeira Guerra Híbrida no Brasil baseou-se em supostas revelações anticorrupção para colocar em movimento a dimensão legal desse processo de mudança de regime, que então catalisou uma combinação de protestos organizados de forma independente contra o PT, bem como aqueles organizados por agências de inteligência estrangeiras disfarçadas de “ ONGs”.

Por outro lado, a segunda Guerra Híbrida no Brasil se baseia exclusivamente em teorias da conspiração armadas para impedir que a base do PT proteste contra Lula.

A realidade da abordagem de Lula à guerra por procuração OTAN-Rússia

“Lula deixou claro em sua ligação com Zelensky que é contra a operação especial da Rússia”, que se seguiu à votação do Brasil em apoio a uma resolução antirrussa da ONU que, por sua vez, veio logo após ele mesmo condenar a operação especial da Rússia em sua declaração conjunta com Biden em início de fevereiro.

Em vez de permanecer neutro em relação ao conflito ucraniano, abstendo-se, como fizeram seus colegas parceiros do BRICS, ele ordenou que seus diplomatas se alinhassem abertamente com os Estados Unidos nessa questão delicada.

A visão multipolar recalibrada de Lula o torna receptivo aos grandes interesses estratégicos dos EUA”, conforme explicado na análise de hiperlink anterior e comprovado por sua política em relação à guerra por procuração OTAN-Rússia na Ucrânia.

Os leitores podem aprender mais sobre isso revisando as obras citadas neste artigo.

A questão é que sua política em relação a este conflito não é o que a base do PT esperava, que era que ele revertesse a posição de seu antecessor Bolsonaro de votar contra a Rússia na ONU com a abstenção.

O que acabou acontecendo foi exatamente o oposto: Lula reverteu a postura comparativamente mais neutra de seu antecessor em relação à guerra por procuração OTAN-Rússia ao condenar a Rússia sem precedentes em sua declaração conjunta com Biden, o que Bolsonaro não fez após seu encontro com o líder dos Estados Unidos no verão passado.

Toda a pretensão de neutralidade que o Brasil poderia ter tentado defender neste conflito foi desacreditada desde que Lula decidiu contrariar a tendência do BRICS, tornando-se o primeiro líder a condenar oficialmente a Rússia.

A teoria da conspiração sobre a postura supostamente “secreta” de Lula

Sua abordagem indiscutivelmente alinhada com os Estados Unidos em relação ao conflito geoestrategicamente mais transformador desde a Segunda Guerra Mundial perturbou muitos da base do PT, especialmente porque levantou preocupações sobre tudo o mais que essa posição poderia acarretar.

Por exemplo, sugere que na trifurcação iminente das Relações Internacionais entre o Bilhão de Ouro do Ocidente liderado pelos Estados Unidos, a Entente Sino-Russo e o Sul Global informalmente liderado pela Índia, o Brasil se alinhará muito mais próximo ao bloco dos Estados Unidos do que ao aqueles outros dois.

Com o objetivo de evitar preventivamente a dissensão interna em suas fileiras, seja aquela que poderia ser expressa através do ciberespaço na forma de críticas nas redes sociais ou nas ruas na forma de protestos, forças supostamente pró-Lula inventaram uma teoria da conspiração sobre sua postura.

Eles insistem, apesar dos fatos objetivamente existentes e facilmente verificáveis em contrário, que Lula “secretamente” apoia a operação especial da Rússia e todos os movimentos públicos relacionados ao contrário são apenas ele jogando “xadrez 5D”.

Essa teoria da conspiração é basicamente uma imitação brasileira da teoria do infame QAnon, alegando que cada movimento que Trump fez publicamente na direção oposta às expectativas de sua base também era ele supostamente apenas jogando “xadrez 5D” para “desanimar” seus oponentes. mas que “só eles” e não seus rivais “sabem a verdade”.

Ambos são divorciados da realidade, foram inventados apenas para evitar preventivamente dissidências internas entre as fileiras de seus apoiadores e funcionam essencialmente como “religiões seculares”.

A última caracterização mencionada é mais óbvia do que os observadores podem inicialmente perceber.

Assim como a base do Movimento MAGA estava tão desesperada para acreditar que seu “herói” Trump era seu “salvador” que reverteria todas as políticas de seu antecessor Obama que eles odiavam, também a base do PT está tão desesperada para acreditar que seu “herói” ” Lula é o “salvador” deles que revertera todas as políticas de seu antecessor Bolsonaro que eles odiavam.

Na verdade, Trump acabou se tornando o presidente que foi mais duro com a Rússia desde a Velha Guerra Fria antes da Nova Guerra Fria em curso, atingindo sua última fase sob Biden após o início da operação especial de Moscou.

Quanto a Lula, ele abandonou a postura comparativamente mais neutra de Bolsonaro em relação à guerra por procuração OTAN-Rússia ao condenar a Rússia sem precedentes em sua Declaração conjunta com Biden e, assim, tornar-se o primeiro líder do BRICS a fazê-lo.

Ambos acabaram decepcionando suas bases na Rússia.

A conspiração para impedir desesperadamente a dissidência interna dentro do PT

Para ser absolutamente claro, é irreal imaginar que a base do Movimento MAGA teria protestado contra a política hostil de Trump em relação à Rússia se eles não tivessem sido enganados pela teoria da conspiração do “xadrez 5D” de QAnon, nem teria feito qualquer diferença se o tivessem feito.

A base do PT é muito mais politicamente consciente e ativa, então há de fato uma chance de que alguns possam protestar contra a política hostil de Lula em relação à Rússia, e isso pode realmente fazer a diferença.

Mesmo que sua dissidência interna permaneça no domínio do ciberespaço, isso ainda pode ter um impacto notável na reformulação das percepções de Lula e da política externa deste terceiro mandato, o que pode mudar a dinâmica interna dentro do partido no longo prazo.

Aqueles que inventaram a teoria da conspiração sobre sua posição em relação à Rússia, armaram-na contra a base do PT e empregam agressivamente ataques ad hominem tóxicos contra qualquer um que os verifique, querem desesperadamente evitar esses dois cenários.

Eles estão literalmente travando uma Guerra Híbrida não apenas contra o mesmo partido que afirmam apoiar, mas contra todos os brasileiros através dos meios não convencionais com os quais pretendem manipular os processos sócio-políticos de seu país por meio de sua campanha de desinformação que acabamos de descrever.

Embora não se possa descartar que elementos de alto escalão do PT tenham encorajado ou orquestrado abertamente esses últimos desenvolvimentos, isso não pode ser conhecido com certeza e, portanto, permanece puramente especulação.

Evidências incontestáveis de que a segunda guerra híbrida no Brasil existe

No entanto, a existência dessa segunda guerra híbrida no Brasil não pode ser negada por nenhum observador honesto, pois é indiscutível que essa teoria da conspiração armada está circulando viralmente pelo ecossistema de informações desse país agora.

Aqui estão três exemplos de hoje, que foram lavados por “idiotas úteis” que caíram nessa desinformação sobre a abordagem de Lula em relação à guerra por procuração OTAN-Rússia ou deliberadamente empurrados por pessoas que conscientemente pretendiam enganar seu público.

Uma seita conhecida como “Partido da Causa dos Trabalhadores” (“PCO” por sua abreviação em português) também assumiu essa teoria da conspiração como sua principal causa na tentativa de recrutar novos membros e bajular os escalões de elite do PT, apesar de nenhum objetivo ser garantido.

A questão é que a Guerra Híbrida descrita no presente artigo, que é alimentada pelo desejo político desesperado de evitar preventivamente dissidências internas entre a base do PT, está sendo travada ativamente contra os brasileiros agora.

Para lembrar o leitor, esse processo pode ser descrito com segurança como uma Guerra Híbrida, uma vez que realmente diz respeito a meios não convencionais para manipular os processos sociopolíticos do estado alvo, a fim de promover a agenda dos praticantes, que foi resumida acima.

Ao contrário da primeira Guerra Híbrida no Brasil, ela não é orquestrada por nenhum partido externo, não visa provocar protestos e não tem a intenção de promover uma mudança de regime contra o PT.

 Apoiadores do “Novo Lula” x Apoiadores do “Velho Lula”

Em vez disso, esta segunda Guerra Híbrida no Brasil está sendo travada na prerrogativa independente de forças supostamente pró-Lula (presumindo que figuras de alto escalão do PT não estejam envolvidas) para prevenir preventivamente a dissidência interna entre a base do PT (incluindo aquela que poderia levar a forma de protestos) para fins de reforço do regime.

A razão pela qual esses agentes são descritos como apenas supostamente pró-Lula é porque aqueles que o apoiam sinceramente não sentiriam a necessidade de mentir sobre suas posições.

Um verdadeiro crente sempre aspiraria articular com precisão suas políticas, mesmo aquelas com as quais pudesse discordar, em vez de manipular as percepções dos outros sobre elas, muito menos as da base do PT.

Opiniões contrárias expressas de forma responsável por meio de críticas construtivas como a presente peça podem levar a mudanças significativas para melhor ou, pelo menos, moldar os parâmetros para debates há muito esperados sobre questões delicadas como a abordagem “politicamente inconveniente” de Lula à guerra por procuração OTAN-Rússia.

Em vez disso, o que está acontecendo é que os oportunistas políticos (novamente presumindo que as figuras da elite do partido governista não estejam envolvidas) estão impedindo que isso aconteça por medo de que os processos sociopolíticos resultantes dentro do PT possam eventualmente resultar na recalibração da política externa de Lula.

Eles realmente apoiam o “Novo Lula” personificado por sua abordagem comparativamente mais alinhada com os Estados Unidos durante seu terceiro mandato, em oposição ao “Velho Lula” que a maioria da base do PT aparentemente ainda pensa que ele é.

Reconceituando a Segunda Guerra Híbrida no Brasil

Essa visão (independentemente da especulação de que figuras de alto escalão do PT têm uma mão nesta última Guerra Híbrida) permite que os observadores reconceituem tudo como uma luta de poder intra-PT destinada a manipular a base do partido para ignorar evidências indiscutíveis de que sua visão de mundo mudou.

O que esses agentes não percebem é que mesmo a consciência de sua base dessa lamentável realidade não os levaria a abandonar o apoio a Lula, já que seu ódio feroz a Bolsonaro torna isso impossível.

Entendido desta forma, pode-se dizer, portanto, que as forças por trás desta última Guerra Híbrida no Brasil são pró-Lula no sentido de que apoiam o “Novo Lula”, enquanto a base do PT também é pró-Lula, mas principalmente porque eles apoiar o “Velho Lula”.

A segunda maioria mencionada de seus apoiadores definitivamente não o abandonaria por Bolsonaro ou qualquer outra pessoa, mesmo ao saber que sua visão de mundo mudou, mas eles ainda poderiam tentar pressioná-lo a recalibrar sua política externa mais próxima de suas expectativas.

Observações objetivas

De uma perspectiva de fora, aqueles partidários do “Novo Lula” que estão armando teorias da conspiração sobre sua abordagem para a guerra por procuração OTAN-Rússia parecem ter uma consciência pesada, pois esperam que a base do PT rejeite esta política, daí porque eles está mentindo para encobrir isso.

O que eles deveriam ter feito é articular sua nova visão de mundo e principalmente sua postura em relação a essa questão delicada, iniciando assim um debate comparativamente controlado dentro do PT sobre tudo isso.

Ao travar uma Guerra Híbrida motivada pela desinformação contra seus companheiros de partido em particular e o resto de seus compatriotas em geral, esses apoiadores do “Novo Lula” estão fazendo um jogo de poder pelo controle do PT, que por sua vez pode ser descrito como um jogo de poder para o controle da política externa do Brasil.

Eles sabem que estão em minoria e que a maioria da base do PT rejeitaria a direção alinhada com os Estados Unidos em que Lula está levando o país, por isso estão recorrendo à Guerra Híbrida para manter seu poder.

Essa observação dá credibilidade ao que atualmente é pura especulação sobre a cumplicidade de membros do alto escalão do partido na última Guerra Híbrida no Brasil, o que provavelmente parece provável se conceituarmos as dinâmicas sociopolíticas analisadas – especialmente as intra-PT – dessa maneira. Suas teorias de conspiração armadas estão sendo usadas não para reforçar o regime em si, já que a base do PT nunca abandonará Lula, mas especificamente para reforçar o controle dessa minoria ideológica sobre o partido.

Considerações Finais

Diante disso, a segunda Guerra Híbrida no Brasil é, na verdade, o resultado de uma luta não declarada pelo poder intrapetista iniciada por partidários do “Novo Lula” contra a base partidária que ainda pensa que ele é o “Velho Lula”, resultado quais determinarão a trajetória do Brasil na Nova Guerra Fria.

Ele continuará se movendo em uma direção alinhada com os Estados Unidos em meio à trifurcação iminente das Relações Internacionais ou se recalibrará mais perto da Entente Sino-Russo e/ou do Sul Global.

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