A diplomação de Lula e Alckmin na segunda-feira 12 de dezembro de 2022, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) representou a lápide do PT (Partido dos Trabalhadores) e dos partidos satélites como ala “esquerda” do regime que representava em alguma medida os interesses dos trabalhadores e dos setores oprimidos da população.
O ato foi uma capitulação absoluta ao processo teleguiado pelos Estados Unidos e que teve como linha de frente da operação um juiz Sérgio Moro 2.0; desta vez, foi a vez do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
Alexandre de Moraes tem sido o principal paladino de todo tipo de abuso contra o que poderia se chamar de liberdade de expressão e de manifestação no Brasil.
Qualquer opinião contrária à política oficial tem sido rapidamente censurada e penalizada de forma brutal.
Como o PCO (Partido da Causa Operária) manifestou que o STF deveria ser dissolvido, Moraes suspendeu as redes sociais do PCO.
Como Bolsonaro manifestou que as urnas eletrônicas são suspeitas, todos os brasileiros que temos a mesma suspeita fomos ameaçados com todo tipo de represálias e ainda tachados pela grande imprensa de “bolsonaristas”.
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No caso do questionamento do Partido Liberal, que foi hiper morno, Moraes mandou suspender o fundo partidário.
A brutalidade do Judiciário é compreensível porque se trata de um instrumento facilmente controlado pela grande burguesia e o imperialismo, por meio de altíssimos salários e regalias. Trata-se de uma expressão dissimulada do que fora a Ditadura Militar sem precisar se “queimar” com uma nova ditadura militar.
Na diplomação, as estrelas foram Lula e Alexandre de Moraes. Ambos falaram bastante, com direito ao choro de Lula e o recado de Moraes de que não será permitido nenhuma crítica contra o Judiciário, o processo eleitoral e a grande imprensa.
A grande imprensa, comandada pela Rede Globo, elogiou aos quatro ventos a cerimônia.
O principal porta-voz da Rede Globo publicou uma matéria com o título “Diplomação normaliza a política”.
A diplomação corou a transição entre ambos governos que, nas questões fundamentais, foi comandada pelos mesmos figurões que impuseram a obscena entrega do Brasil durante os governos de FHC.
Até aqui, nenhuma novidade nas “vinhas do Senhor”.
A novidade veio nos altos elogios de Lula, do PT e de toda a “esquerda” satélite do PT a Morais e ao Judiciário.
O PT, PCdoB, Psol e cia. não somente reforçaram a sua completa integração ao regime, mas se colocaram abertamente a serviço do imperialismo norte-americano e da grande burguesia brasileira, o que implica que aplicarão essa política brutal contra o povo brasileiro de maneira aberta. A margem para firulas ficou muito pequena.
Por trás dessa tragédia temos a janela de oportunidade de reconstruir a esquerda de luta e revolucionária a partir das bases, dos movimentos sociais e de trabalhadores. Todas as suas principais organizações foram cooptadas e corrompidas.
No próximo período, os movimentos deverão ser espontâneos e os organismos da repressão, com a ajuda da “esquerda” oficial, movimentarão todas as suas peças para tentar destruí-los.
Mas é a profundidade da crise que ultrapassará os mecanismos de contenção inevitavelmente. É por isso que o bolsonarismo foi mantido como uma carta na manga para disputar o movimento de massas.
Se abrirá uma luta, onde o papel dos verdadeiros revolucionários deve estar em ajudar a organizar o movimento de massas que irá surgir.
2 comentarios en «Diplomação de Lula, fim do PT como “esquerda”»