Debate eleitoral dos presidenciáveis

Debate eleitoral dos presidenciáveis

Muita vergonha, pouca resposta. Pouco e nada foi dito sobre a disparada do custo de vida que somente no governo Bolsonaro pulou mais de 25%, de acordo com os números oficiais...

Um circo de malabarismos, onde os palhaços somos nós

No domingo 28 de agosto, os presidenciáveis no Brasil protagonizaram o primeiro debate eleitoral protagonizado pela Rede Bandeirantes de Televisão.

O pior debatedor teria sido Jair Bolsonaro, seguido de muito longe por Lula. A melhor teria sido a candidata pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro) Simone Tebet.

A pergunta da jornalista da Rede Globo a Bolsonaro, sobre a queda da vacinação contra a Covid-19 poderia ter ajudado a piorar a “pandemia” deu pé a desviar o debate dos grandes problemas do Brasil, principalmente sobre o acelerado aprofundamento da maior crise capitalista de todos os tempos.

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O grande triunfo de Bolsonaro é o Auxílio Brasil que prometeu manter em 2023 caso vencer a eleição e várias frases de efeito sobre a “corrupção” nos governos do PT.

Entre acusações de machismo e de xingamentos, o debate foi direcionado para a superficialidade dos problemas; principalmente para a “corrupção” e para o malabarismo com algumas estatísticas.

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Ciro Gomes aproveitou para voltar com o discurso da “terceira via” sustentada pela Operação Lava Jato. Ele “quer reconciliar o Brasil” enquanto “a corrupção e a demagogia estão no centro do modelo”. “Chega de ódio”; “absoluta falta de projeto”.

Os demais atores coadjuvantes, Simone Tebet (MDB), Luis Felipe D’Ávila e Soraya Thronicke, teriam ido melhor segundo a imprensa burguesa, mas é evidente que pouco tem a interferir no script geral do circo eleitoral.

Lula no circo eleitoral

Lula para responder Bolsonaro trouxe números e a frase de efeito “o país que eu deixei eu posso ter saudades”. Além do churrasquinho e cervejas que os brasileiros poderão disfrutar no seu governo, nada disse sobre a intencionalmente desgastada Operação Lava Jato no foi dita uma única palavra, apesar da brutal destruição de grandes empresas brasileiras e de milhões de empregos diretos e indiretos.

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A campanha de Lula/ Alckmin busca manter-se num perfil muito baixo, visando passar ao segundo turno e encabeçar a “frente ampla” contra Bolsonaro, deixando de lado que o bolsonarismo e a direita, nessas alturas, já terá controlado o Congresso e os principais estados, sem contar com o que hoje já controla.

As amarrações da campanha Lula o deixam totalmente amarrado à direita, por conta da política aplicada pelo imperialismo norte-americano no Brasil; praticamente, como uma rainha da Inglaterra ou um bobo da corte.

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Agora não há a farra do excesso de recurso por causa dos altos preços das matérias primas, mas estamos vivendo num esforço desesperado do imperialismo para sair da sua maior crise histórica por meio da guerra.

E o papel do Brasil e da América Latina, como seu quintal traseiro, é servir como retaguarda, como fornecedor de matérias primas e mão de obra barata para estabilizar os lucros das super grandes empresas e os esforços de guerra.

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Pouco e nada foi dito sobre a disparada do custo de vida que somente no governo Bolsonaro pulou mais de 25%, de acordo com os números oficiais, sobre o endividamento generalizado, sobre o desemprego, sobre as contas públicas e sobre o “efeito tango” que ameaça converter o Brasil numa nova Argentina em breve.

As eleições brasileiras não tem como resolver nenhum dos problemas dos trabalhadores e do povo. Elas têm como objetivo consolidar os ataques dos últimos anos e principalmente conter grandes revoltas.

Mas conforme a crise capitalista continua se desenvolvendo, e o imperialismo é obrigado a nos apertar mais e mais, o movimento de massas tende a entrar novamente em ascenso. O papel dos revolucionários é justamente atuar nesse cenário.

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2 comentarios en «Debate eleitoral dos presidenciáveis»

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