Lula está mentindo: a guerra por procuração OTAN-Rússia não está sendo travada «por coisas pequenas»

Lula está mentindo: a guerra por procuração OTAN-Rússia não está sendo travada «por coisas pequenas»

Dos mesmos criadores de marolinha e gripizinha temos agora a guerra por procuração OTAN-Rússia sendo travada "por coisas pequenas" Lula, um dos personagens principais do elenco de Biden, segue o Script a risca dos EUA.

Por Andrew Korybko

Apresentação de Primera Linea Revolucionaria

A política exterior do governo Lula tem surpreendido a todos pelo alinhamento com o gestor do imperialismo norte-americano, o Partido Democrata, avançando linhas vermelhas da diplomacia brasileira que nem o próprio Bolsonaro ousou ultrapassar.

O ponto álgido foi a Declaração Conjunta Lula/Biden em Washington DC contra a Operação Militar Especial russa.

O Brasil foi o único país do BRICS a votar contra Rússia.

Também o único país do BRICS a cair no conto do vigário da “reforma do Conselho de Segurança da ONU” que tem como objetivo retirar o poder de veto da Rússia e da China e permitir que os Estados Unidos o controlem por meio de países secundários.

Andrew Korybko aponta detalhadamente vários exemplos como a cúpula do PT, a mando do imperialismo norte-americano, ha montado uma forte campanha de desinformação para confundir as bases e tentar fazer passar gato por lebre.

Ou como se diz no português corrente, é uma tentativa desesperada de tampar o batom na cueca, com marcas muito fortes, fortíssimas.

O PCO, apesar de ser um partido pequeno, tem cumprido um papel importante nessa política, como ala de “extrema esquerda” que de maneira raivosa tem tentado defender toda e qualquer dissidência contra o brutal entreguismo da soberania brasileira.

O PCO chega ao ponto de teorizar sobre um suposto “imperialismo humanizado”, que trata Lula de igual a igual, já que Lula seria um grande estadista. Não sobrou nada da Doutrina Monroe que tem regido a política norte-americana para a região nos últimos mais de cem anos.

Chegou a um ponto tão capitulador que até as ações mais pró-imperialistas são apresentadas como “nacionalistas”.

Andrew Korybko, desde a sua perspectiva de jornalista localizado na Rússia, nos apresenta vários desses fatos que revelam o entreguismo capacho do governo Lula/Alckmin.

Alguns dos seus artigos nós temos traduzido ao Português e recomendamos a leitura.

Com a Palavra Andrew Korybko

Se a base do PT soubesse da dinâmica militar-estratégica que obrigou a Rússia a iniciar sua operação especial como último recurso para defender a integridade de suas linhas vermelhas de segurança nacional na Ucrânia depois que a OTAN as cruzou clandestinamente por lá, estariam contra o apoio político do governo de Lula a Kiev. Portanto, seria evidente para eles que Lula está colocando o Brasil em uma grande trajetória estratégica alinhada aos USA na Nova Guerra Fria, o que poderia levá-los a pressioná-lo publicamente em massa para mudar sua política.

O presidente brasileiro Lula provou que sua visão de mundo recalibrada nos últimos anos está muito mais alinhada com a dos Estados Unidos do que nunca, depois de minimizar as causas da guerra por procuração OTAN-Rússia.

Segundo ele, “no século 21, não deveria ser possível termos guerra por coisas pequenas”, o que pronunciou após declarar que não visitará nem a Rússia nem a Ucrânia devido à Operação Especial é mais uma prova de que ele endossa a narrativa dos EUA sobre o conflito.

Lula condenou anteriormente a Rússia em uma declaração conjunta com Biden durante sua viagem a Washington DC no início de fevereiro, após a qual o Brasil votou a favor de uma feroz resolução anti-russa da ONU exigindo a retirada total e imediata de Moscou sem quaisquer pré-condições de todo o território que Kiev reivindica como própria, que inclui a Crimeia.

O Representante Permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzia, reagiu à aprovação dessa moção, descrevendo-a como uma “linha russofóbica militarista”.

Tirando qualquer ambiguidade sobre a postura de seu governo, Lula ligou para Zelensky logo em seguida para reafirmar que “o Brasil defende a integridade territorial da Ucrânia”.

Apesar dessas evidências objetivamente existentes e facilmente verificáveis documentando seu apoio político aos inimigos da Rússia em Kiev, uma intensa campanha de guerra de informação foi travada por forças aliadas ao partido no poder para incitar sua base a pensar falsamente que Lula não está alinhado com o EUA sobre esta questão ou outras como a Nicarágua.

Membros da elite do Partido dos Trabalhadores (PT) temem que as bases possam se revoltar ao saber que seu líder está aproximando o Brasil do Bilhão de Ouro do Ocidente liderado pelos Estados Unidos do que da Entente Sino-Russo ou mesmo do Sul Global do qual é separados em meio à trifurcação iminente das Relações Internacionais.

Com o objetivo de evitar preventivamente o cenário de pressioná-lo publicamente em massa para mudar essa grande trajetória estratégica, eles buscaram manipular suas percepções sobre as políticas de Lula.

Isso explica a intensa campanha de guerra de informação que está sendo travada contra suas mentes neste ponto crucial da transição sistêmica global, da qual ele próprio está participando diretamente ao minimizar as causas da guerra por procuração OTAN-Rússia em uma tentativa de justificar seu apoio político a Kiev.

Lula quer que seus apoiadores descontem as evidências diante de seus olhos e ouvidos a favor de concordar com a narrativa dos Estados Unidos de que a Rússia supostamente “invadiu” a Ucrânia para fins puramente “imperialistas”.

Se a base do PT soubesse da dinâmica militar-estratégica que obrigou a Rússia a iniciar sua operação especial como último recurso para defender a integridade de suas linhas vermelhas de segurança nacional na Ucrânia depois que a OTAN as cruzou clandestinamente ali, então estariam contra seu apoio político de Kiev.

Portanto, seria evidente para eles q ue Lula está colocando o Brasil em uma grande trajetória estratégica alinhada aos Estados Unidos na Nova Guerra Fria, o que poderia levá-los a pressioná-lo publicamente em massa para mudar sua política.

As análises a seguir explicam o contexto mais amplo dentro do qual a operação especial está sendo travada:

* 15 de março de 2022: “Por que os EUA priorizaram a contenção da Rússia sobre a China?

* 26 de março de 2022: “A Rússia está travando uma luta existencial em defesa de sua independência e soberania

* 24 de dezembro de 2022: “Putin explicou por que não teve escolha a não ser proteger a população russa na Ucrânia

* 22 de fevereiro de 2023: “Putin lembrou a todos que a Rússia está usando a força para acabar com a guerra iniciada pelo Ocidente

* 22 de fevereiro de 2023: “A Rússia seria despedaçada exatamente como Medvedev previu se encerrasse sua operação especial

Um resumo do insight mencionado acima seguirá agora para conveniência do leitor.

Em resumo, os Estados Unidos passaram os oito anos anteriores entre sua bem-sucedida Revolução Colorida no início de 2014 e o início da operação especial em 2022, transformando a Ucrânia em um bastião anti-russo, cujo objetivo era degradar as capacidades estratégicas da Grande Potência para defender-se dos Estados Unidos. Isso deveria ser feito por meio de uma combinação de meios de Guerra Híbrida relacionados ao apoio de Kiev à guerra de informação e ao separatismo impulsionado pelo terrorismo, bem como aos meios convencionais conectados à OTAN.

A primeira metade dessa política visava desestabilizar a Rússia por dentro por meio do cultivo de forças que poderiam promover sua “balcanização”, enquanto a segunda pretendia eventualmente empregar armas biológicas, bases clandestinas da OTAN e infraestrutura de “defesa antimísseis” para colocá-la em uma posição de chantagem. Os Estados Unidos pretendiam forçar a Rússia a uma série interminável de concessões unilaterais que resultariam em sua neutralização geoestratégica e, assim, facilitariam a “contenção” bem-sucedida da China.

Essa conspiração para restaurar sua hegemonia unipolar em declínio começaria com a reconquista de Donbass, apoiada pela OTAN, por Kiev, que ameaçava genocídio a população nativa russa daquela região e limpar eticamente os sobreviventes. Essa sequência de eventos foi frustrada pela operação especial lançada depois que o presidente Putin percebeu que o Ocidente não tinha interesse em discutir os pedidos de garantia de segurança de seu país a partir de dezembro de 2021 para resolver politicamente seu dilema de segurança.

Enquanto os Estados Unidos se preparavam para a possibilidade de alguma resposta cinética ao seu apoio à iminente reconquista de Donbass por Kiev, os formuladores de políticas norte-americanos não haviam calculado que o presidente Putin lançaria uma campanha preventiva em toda a Ucrânia para evitar o cenário iminente de neutralização estratégica da Rússia simultaneamente com o preventivo para impedir o genocídio de Donbass.

Caso contrário, eles teriam reequipado o complexo militar-industrial do Ocidente com bastante antecedência.

Este grande erro de cálculo explica por que o chefe da OTAN admitiu no mês passado que seu bloco está em uma «corrida de logística»/»guerra de atrito» com a Rússia, o que não seria o caso se realmente esperasse um conflito prolongado dessa escala, nem as forças de Kiev estariam se saindo tão mal quanto o Washington Post acabou de revelar.

O presidente Putin lembra regularmente a todos sobre a natureza existencial desse conflito, o que coloca em contexto sua decisão de iniciar uma campanha preventiva-preventiva interconectada.

Voltando aos últimos comentários de Lula que inspiraram esta análise, não há dúvida de que ele está bem ciente dessas dinâmicas estratégico-militares que forçaram a mão do presidente Putin, o que significa que ele as está minimizando deliberadamente para manipular sua base.

Ele não pode alegar ignorância depois de mais de um ano da Rússia explicando isso longamente, por isso agora pode-se concluir com confiança que Lula alinhou politicamente o Brasil com os EUA no conflito geoestrategicamente mais significativo desde a Segunda Guerra Mundial.

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1 comentario en «Lula está mentindo: a guerra por procuração OTAN-Rússia não está sendo travada «por coisas pequenas»»

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